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Brasileiro paga mais por telefonia móvel, internet e energia elétrica
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
22/05/2011 | 07:30
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Telefonia móvel, banda larga, iPad, TV por assinatura e energia elétrica comprados pelos brasileiros estão entre os mais caros do mundo. Em relação ao celular, a União Internacional de Telecomunicações alerta que enquanto o mundo viu redução média de 22% nos preços do aparelho nos últimos anos, no Brasil a diminuição foi de apenas um terço do valor, 7%.

A queda nos custos internacionais fez com que o número de celulares no planeta passasse de 4 bilhões em 2008 a 5,3 bilhões ao fim de 2010. No País, existem mais telefones móveis do que habitantes, enquanto há oito anos, essa taxa era de apenas 20% do total.

O levantamento mostra que os países dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e todos os sul-americanos pagam menos pelo celular que os brasileiros. Macau, Hong Kong, Dinamarca e Cingapura são os locais mais baratos para o celular, onde o serviço é responsável por apenas 0,1% da renda. Nos países pobres, a média é de 17%.

Em 2009, o brasileiro desembolsava 4,1% dos seus rendimentos para pagar por tecnologias de comunicação, taxa superior a 86 outras economias. A taxa também é a pior em relação à Argentina e o Irã.

INTERNET

Em relação à internet banda larga, a queda dos preços no País foi maior que a média mundial. Os custos internacionais entre 2008 e 2010 foram reduzidos em 52%. No caso do Brasil, a queda foi de 64%.

Apesar da melhoria, assinar esse serviço exigiu 4,58% da renda em 2009. Mas, nos países ricos, a internet corresponde a menos de 1% da renda mensal. Entre todos os governos analisados, a UIT estima que 70 países têm banda larga mais barata.

Quando o assunto é o iPad, que chegou no Brasil em dezembro, o preço cobrado foi o mais alto entre 32 países em que a fabricante Apple dispõe de loja on-line. O tablet com preço médio de R$ 1.649 no País, custa R$ 844 nos Estados Unidos.

Ainda em relação a produtos e serviços de comunicação, pesquisa da Agência Nacional do Cinema em 2010 identificou que enquanto o brasileiro paga até R$ 2,88 mensais por canal, o argentino tem preço máximo de R$ 0,89 e o chileno, de R$ 1,24. A comparação levou em conta o segundo pacote mais barato.

ENERGIA

No levantamento do professor de economia da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite, a energia elétrica fornecida para residências no País também é mais cara do que em países ricos como Estados Unidos, França, Suíça, Reino Unido e Japão. Enquanto no Brasil o quilowatt-hora (kWh) custa US$ 0,25, nos Estados Unidos, o preço é de US$ 0,13.




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