Eleições 2016 Titulo Empreitada
Para Aloysio, vitórias não abonam Alckmin em 2018

Senador diz que êxitos na Capital e Grande ABC não fazem ligação com eleição presidencial

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/10/2016 | 07:29
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Ricardo Trida


O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que possíveis resultados positivos do tucanato nesta eleição na Capital, com João Doria, e na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo o Grande ABC, não asseguram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato presidencial do partido no pleito daqui dois anos. “Não penso que haja ligação imediata entre uma coisa e outra. Fato é que o PSDB, nacionalmente, tem hoje excelentes opções, que só serão definidas em 2018 (ano da disputa).”

Vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Planalto em 2014, Aloysio realizou ontem atividade de campanha em Santo André, em apoio à candidatura majoritária do correligionário Paulinho Serra, fazendo caminhada no tradicional calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, no Centro.

Aloysio evitou, no entanto, sinalizar suporte ao colega mineiro. Alckmin deu adesão expressa a Doria para candidatura em São Paulo em prévia do PSDB, o que provocou, inclusive, indisposição com alas diferentes na legenda. Na região, o partido apresentou cinco projetos solo. O governador, Aécio e o senador licenciado José Serra, hoje ministro das Relações Exteriores, disputam internamente a condição de postulante à Presidência – o tucanato integra base do governo do atual presidente Michel Temer (PMDB), que tem dito que não entrará na concorrência pela reeleição. A briga acirrada pode fazer com que haja troca de partido, tendo como alvo lançar o projeto próprio por outra sigla.

O parlamentar esquivou-se de expressar predileção interna ao ponderar que a preocupação, no atual momento, é trabalhar junto com a gestão do peemedebista para “tirar o País das crises” política e econômica. “(Esse foco é para) Chegarmos em 2018 em condição muito melhor do que o PT deixou o Brasil”, sustentou, frisando que o partido não estipula prazos para a realização de reformas prometidas por Temer. “Fazemos parte do governo, sou o líder do governo. Já estamos, por exemplo, com projeto de envergadura, talvez o mais ambicioso depois do Plano Real, que é a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita os gastos públicos para que a dívida não continue crescendo.”

O tucano confia que a PEC do teto dos gastos, como ficou conhecida, deve ser aprovada até o fim deste ano, mas sem pressão do PSDB. Para Aloysio, o projeto tende a ser avalizado na Câmara Federal entre 10 e 12 de outubro. “Depois (do crivo) acredito que terá tramitação mais célere no Senado”. Ele acrescentou também outras duas matérias na agenda: uma que cria barreiras para indicações políticas em estatais, com objetivo de impedir aparelhamento, e outra é MP (Medida Provisória) com mudanças do Ensino Médio. “Há necessidade de ação profunda para que a Educação possa sair da estagnação. O governo está se movimentando por reformas.” 




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