O Pentágono anunciou nesta sexta-feira a primeira baixa militar por obra de fogo inimigo desde o início da guerra no Afeganistão, em 7 de outubro. O chefe do Comando Central do Exército americano, general Tommy Franks, disse que a vítima fazia parte das forças especiais e foi abatida por uma arma leve em combate na cidade de Gardez Khost, Leste do país. O nome do soldado está sendo mantido em sigilo e só será divulgado depois que a família for comunicada.

Segundo Franks, o militar morto estava em uma missão junto a líderes tribais na região de Khost. As circunstância da morte, ainda segundo o chefe do Comando Central, não estão esclarecidas.

Um agente da CIA(Central Inteligency Agency, o serviço secreto dos EUA) ficou ferido no mesmo confronto que tirou a vida do soldado. Segundo Franks, o agente secreto recebeu cuidados médicos e tem um "bom prognóstico vital".

Os EUA também perderam na guerra um agente da CIA (Central Inteligency Agency, o serviço secreto dos EUA), mas ele não morreu em combate. John Spann foi morto por rebelados na fortaleza de Kalai Jangi, em Mazar-i-Sharif, Norte do Afeganistão.

Três soldados das Forças Especiais e cinco aliados afegãos morreram no front no início de dezembro, quando caiu uma bomba teleguiada por satélite no Norte de Kandahar (Sul).

Outros dois membros do serviço americano morreram num acidente de helicóptero no Paquistão em 20 de outubro.

Ainda sumido - O governo americano desconhece o paradeiro do chefe da rede Al Qaeda, o extremista islâmico Osama Bin Laden, suposto responsável pelos atentados de 11 de setembro contra os EUA, e o líder máximo do Talibã, o mulá Mohammad Omar.

Franks afirmou que não há provas de que Omar esteja perto das cidades de Baghran e Deh Rahwood, onde estão sendo feitas as negociações para sua entrega. "Não sabemos onde está Bin Laden", disse Franks.

"Examinamos sete de oito complexos de cavernas e galerias que interessam a ele (Osama Bin Laden) no setor de Tora Bora", acrescentou o comandante Franks.

"Indicações de atividades da Al Qaeda foram encontradas ali", disse o general, revelando que também foram encontrados armamentos, entre os quais dois blindados e grande quantidade de munição.

Franks disse ainda que os EUA continuarão bombardeando e examinando os campos e locais de treinamentos de terroristas, "que são de nosso interesse dentro do Afeganistão".

Segundo ele, "os militares já estiveram em 40 dos cerca de 48 campos que já conhecemos, e esse trabalho continuará".