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Ministra diz que Brasil não quer monopólio dos biocombustíveis
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
27/09/2007 | 16:57
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não pretende manter o monopólio mundial no programa de biocombustível. Ela disse que o país quer realizar parcerias para que outras nações desenvolvam seus programas.

“Nós queremos ver os bicombustíveis sendo produzidos na África, na Ásia, no Caribe, na América do Sul como um todo, onde for possível”, afirmou.

Para Marina Silva, o Brasil tem um papel importante no cenário mundial e precisa dar sua contribuição. “É assim que nós vamos dar a contribuição em relação ao período que estamos vivendo em transição para novas tecnologias”.

Marina esteve na Assembléa Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), realizada nesta semana em Nova York (EUA) com a presença mais de 75 chefes de Estados para tratar sobre mudanças climáticas, mitigação, adaptação e o enfrentamento das vulnerabilidades. Ela disse que a reunião foi “muito proveitosa” e uma oportunidade para o Brasil apresentar suas ações de combate ao desmatamento e ao aquecimento global.

“O Brasil está trabalhando seu plano nacional de mudanças climáticas, já estamos com o plano de combate ao desmatamento sendo implementado desde 2004 com resultados muito importantes que precisam ser cada vez mais aprofundados”, disse.

Segundo a ministra, o Brasil vem reduzindo o desmatamento e a emissão de dióxido de carbono, gás considerado o maior responsável pelo efeito estufa, fenômeno relacionado ao aquecimento global.

“Conseguimos uma redução de desmatamento de mais de 50% nos últimos três anos, e com isso reduzimos 400 milhões de toneladas de dióxido de carbono até agora. E se confirmarem os dados, até o final do ano serão mais 500 milhões de toneladas de CO2”, assinalou.

Marina Silva defende que os países mais ricos precisam ajudar, além de cumprirem metas, em transferência de tecnologias, recursos novos e adicionais, como o apresentado na 12ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança do Clima, em Nairobi, no Quênia, em novembro do ano passado, em uma proposta de incentivo positivo pela redução das emissões em conseqüência da diminuição do desmatamento.

“Apresentamos as nossas preocupações em relação a contribuição que precisa ser dada cada vez maior pelos países desenvolvidos no sentido de que assumam metas e cumpram as metas”, afirmou. Para ela, os países em desenvolvimento como o Brasil também precisam contribuir. “Não devem passar uma mensagem em hipótese alguma que não têm responsabilidades”.



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