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Partidos vivem indefinição sobre vagas na Câmara
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
05/03/2012 | 07:16
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No momento em que os partidos começam a discutir coligações para o pleito proporcional, a Câmara de São Bernardo ainda não definiu o aumento de cadeiras no Legislativo a partir da próxima legislatura, entre 2013 e 2016.

Com a vigência da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 58 aprovada em 2009, foram definidas faixas populacionais que estipulam a quantidade de parlamentares nas cidades brasileiras. São Bernardo,está na parte entre 750 mil e 900 mil habitantes, que a credencia a ter até 29 representantes. Entre os vereadores, a expectativa é que o número de cadeiras na Câmara chegue a 28 - hoje são 21 eleitos.

No entendimento do presidente da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB), a Casa atualizará a quantidade de vagas sem necessidade de votar o aumento em plenário, porque a LOM (Lei Orgânica do Município) está atrelada à Constituição Federal, aumentando automaticamente o número de cadeiras no Legislativo. Com isso, as siglas da cidade se articulam para a disputa proporcional sem saber de fato quantas cadeiras estarão disponíveis a partir do ano que vem.

O presidente do PT de São Bernardo, Wanderley Salatiel, está preparando o partido para as duas situações: com ou sem mais vereadores. Segundo ele, se a legenda lançar chapa proporcional pura e o número de vagas na Casa for mantido, serão 32 candidatos ao Legislativo - caso haja coligação proporcional, serão 56 políticos em busca de uma cadeira. Se o número de vagas aumentar, os petistas pretendem lançar 42 postulantes. "Pedimos informação ao cartório eleitoral para sabermos o número exato."

O presidente do PSB local, Luiz Carlos Heredia, não definiu o número de postulantes do partido, mas ressalta que novas vagas ajudará os planos partidários. "Essa indefinição não atrapalha."

Mandatário do PMDB, Vanderlei Jueli afirma que o partido tem atualmente 50 pré-candidatos a vereador, cada um buscando um lugar ao sol. "Todos os pretendentes estão trabalhando para serem os escolhidos. Ainda não sabemos a quantidade real de cadeiras na Câmara, por isso temos que aguardar um pouco mais para definirmos o quadro."

O vereador Admir Ferro, que chefia o PSDB municipal, acredita que o Legislativo abrirá sete novas vagas, chegando a 28 parlamentares. Apesar do número ainda não estar definido, ele argumenta que a sigla tem postulantes para suprir a necessidade atual de candidatos caso o aumento se ratifique. "Como a maioria dos partidos está apoiando o PT, estamos discutindo a possibilidade de chapa pura", observa.

Única sigla a se manifestar contrária ao aumento de vereadores, o PPS se articula para os dois cenários. "Embora nosso posicionamento não mude, temos que estar preparados", considera o presidente do partido, André Sicco.




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