O portal Voto Consciente divulgará até o fim do mês o ranking dos melhores e piores vereadores de São Bernardo. O idealizador do projeto, Paulo Henrique Ferraz de Oliveira, protocola hoje na Prefeitura requerimento para ter acesso a todos os projetos de lei dos parlamentares.

O trabalho dos vereadores nos últimos três anos será analisado em quatro quesitos: número e qualidade dos projetos, presença nas sessões legislativas, indicações de projetos ao Executivo e cumprimento de promessas referentes a 2008. "Existem pesos diferentes para cada quadro. Os pontos ficam em ordem decrescente", explicou Oliveira.

Ele afirmou que todos os vereadores foram informados dos critérios, mas nenhum deles se manifestou ou opinou. "Nos contatos que tive, todos falaram que não dá para qualificar e quantificar o trabalho", relembrou o idealizador.

Por se tratar de um ano eleitoral, a expectativa é que o resultado tenha repercussão. "Acredito que dê impacto. Segundo meus cálculos, se tirar 500 ou até mesmo 600 votos de alguns parlamentares eles não entram mais na próxima legislatura", declarou.

Em São Paulo, quando o ranking foi divulgado, houve polêmica. "A repercussão foi negativa para os políticos que ficaram nas cinco últimas posições. Os vereadores passaram a ser mais cobrados e isso deu resultado", contou. Oliveira revelou que estuda divulgar em junho um mapeamento da atividade dos parlamentares de São Bernardo no primeiro semestre.

No seu contato com os parlamentares para elaborar seu planejamento preliminar, Oliveira percebeu que a política desenvolvida pelos vereadores pode refletir no desempenho de cada um no ranking. "É populista, focada nos bairros mais carentes e populosos, porque isso dá mais voto. Mas não é só isso que os vereadores podem fazer", salientou.

PLANOS

A partir do ano que vem, o Executivo também entrará na mira do Voto Consciente. "Não fiz neste ano porque pareceria algo anti-PT (o prefeito de São Bernardo é o petista Luiz Marinho). Pretendo soltar análises semestrais", afirmou Oliveira.

A ideia é usar as redes sociais para fomentar a discussão e ampliar os resultados do trabalho. "Procurei o Facebook e o Twitter porque lá eu encontro gente de todo tipo. Quero mostrar a política para quem não gosta de política. Explicar os projetos de maneira simples para que todos possam acompanhar", reiterou .