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Timão reage, mas a Fiel protesta
Nelson Cilo
do Diário do Grande ABC
07/04/2007 | 20:46
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É possível que os 2 a 0 do já eliminado Corinthians contra o América, neste sábado à noite, no Pacaembu, sirvam – ninguém sabe – para espantar os fantasmas que teimam em rondar o clube. É provável que o placar ajude a aliviar a crise. Nos instantes finais, a Fiel voltou a pedir a renúncia do presidente Alberto Dualib, um dos pivôs da crise que, entre outras coisas, provocou a saída recente do técnico Emerson Leão.

O primeiro gol do Corinthians – Magrão, de cabeça, aos 28 minutos da etapa inicial – tirou um tremendo peso dos pés dos jogadores. Desde o início, o time do interino José Augusto não disfarçava o excesso de responsabilidade em cima de quem entrou no estádio pressionado pelas exageradas cobranças dos torcedores, que na sexta-feira invadiram o Parque São Jorge para cobrar urgentes mudanças no ambiente. Em Porto Alegre, o técnico Abel Braga já admite sair do Internacional.

“Quem é que não gostaria de trabalhar no Corinthians? Nunca estive num grande paulista. Seria um desafio interessante. As coisas aqui andam conturbadas”, reconheceu Abel Braga, que teria recebido as primeiras sondagens.

No Pacaembu, o Corinthians atacava o tempo todo e criava sucessivas chances para abrir o placar. A expulsão do zagueiro Marcos Paulo, que abusou da violência no tornozelo de Roger e levou imediatamente o vermelho, facilitou, é claro, a tarefa do Corinthians – este insistia nas investidas pelo setor do criativo Willian.

Só dava Corinthians e o América resistia. No entanto, o esquema ofensivo do alvinegro parava nos arremates. Depois de pelo menos cinco boas oportunidades, o Timão pôde furar, enfim, o rígido bloqueio dos visitantes. O gol surgiu de um escanteio conseguido pelo próprio Magrão, que converteu a cobrança, de cabeça.

Aos 18 da segunda fase, Roger mandou uma boa na trave. O Corinthians manteve as principais iniciativas, mas voltou a tropeçar nas finalizações. A Fiel, que viu Lulinha substituir Rosinei e Wilson fechar os 2 a 0, aos 35, ao conferir um cruzamento de Willian. A Fiel protestou demais. Além de Alberto Dualib, a torcida insistia em pedir, em coro, a demissão do diretor Renato Duprat e do gerente de futebol Ilton José da Costa.



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