A Prefeitura de Diadema quer bater o recorde da última campanha do desarmamento promovida pelo governo federal e recolher mais de 1.600 armas. A cidade registrou o maior número de devoluções da região.

A informação foi dada ontem pela secretária de Defesa Social de Diadema, Regina Miki, que participou do evento de adesão à segunda edição da campanha e inauguração da sede da GCM (Guarda Civil Municipal). Esperado na solenidade, o ministro da Justiça, Tarso Genro, não compareceu e foi representado pelo secretário executivo do ministério, Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto.

Para atingir a meta e incentivar a devolução das armas, a cidade dobrará o valor da indenização paga pelo governo federal, que varia entre R$ 100 e R$ 300. O projeto foi aprovado em julho pela Câmara Municipal e R$ 20 mil estão destinados aos pagamentos.

As armas podem ser levadas na sede da GCM, nos quatro Distritos Policiais da Polícia Civil, além do 24º Batalhão e três companhias da Polícia Militar na cidade. A pessoa que fizer a entrega não precisa indicar a procedência do armamento.

Outra opção é acionar o Disque-Desarmamento pelo telefone 4053-7300 para que guardas retirem os objetos nos endereços solicitados. "A arma de fogo é um potencializador da violência. Se o comerciante assassinado anteontem (João Bezerra Silva, morto dentro do próprio estabelecimento no Jardim das Nações após reagir a um assalto) não tivesse uma arma, o crime poderia ter acabado de outra forma", diz Regina Miki.

GCM
A cerimônia também marcou a entrega da sede da GCM na Rua Marechal Floriano, 260, no Parque dos Jesuítas. Com 800 m², o local tem academia, vestiários e canil, entre outros. A Prefeitura investiu R$ 1,2 milhão no imóvel.