O partido de Benazir Bhutto declarou publicamente nesta terça-feira a última vontade da ex-líder opositora paquistanesa, assassinada em 27 de dezembro em um atentado suicida: que seu marido a sucedesse na direção do movimento.

A carta manuscrita, datada de 16 de outubro e dirigida aos líderes e membros do partido, foi mostrada aos jornalistas na casa da dinastia Bhutto, em Naudero (sul).

A última vontade de Bhutto foi tornada pública enquanto correm rumores de que, na realidade, a ex-primeira-ministra havia designado seu filho, Bilawal, para dirigir o Partido do Povo Paquistaní (PPP) se ela morresse.

Depois do assassinato, somente os dirigentes do movimento foram colocados a par desse testamento e o PPP designou como presidente Bilawal Bhutto, de 19 anos, e seu pai, Asif Ali Zardari, o marido de Benazir, como co-presidente, para esperar que o jovem tenha idade e capacidade para dirigir o partido.

Em 30 de dezembro, o partido respeitou a última vontade de Benazir Bhutto, mas Zardari impôs seu filho como presidente, principalmente para perpetuar o nome dos Bhutto na liderança do PPP, embora conserve a direção do movimento à espera que Bilawal acabe seus estudos para assumi-la.