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Policiais suspeitos de crime fazem reconstituição em S.Bernardo
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
22/12/2003 | 22:35
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Os cinco policiais militares acusados de tentar matar um colega de corporação e outro homem este ano, em São Bernardo, ficaram frente a frente com a vítima nesta segunda, durante reconstituição do crime. Em maio, Heraldo de Azevedo, soldado da 3ªCompanhia do 6º Batalhão, foi baleado junto com um amigo em frente a um bar no Km 35 da estrada Velha de Santos.

O comando da Polícia Militar não confirma, sob alegação de que o caso está sob segredo de Justiça, mas os envolvidos saíram há um mês do presídio Romão Gomes (especial para PMs), na capital, para funções administrativas em um quartel, também em São Paulo.

Os acusados – o ex-comandante da 1ªCompanhia do 6º Batalhão, Rinaldo Maziero, e mais quatro soldados da mesma companhia – negam os crimes e se recusaram a falar com a reportagem do Diário. O soldado Azevedo, que perdeu a visão do olho direito, também preferiu não dar declarações. Segundo a polícia, ele teria dito que não se lembra do que aconteceu.

Três testemunhas, porém, cujos nomes estão preservados, dizem que os policiais armaram uma operação de acobertamento: o boletim de ocorrência foi feito seis horas depois e nenhum PM é citado no histórico, além da vítima. Elas deverão participar de outra reconstituição, que deverá avaliar definitivamente o que aconteceu às 5h do dia 17 de maio.

Na noite anterior, um grupo de militares havia se dirigido ao bar após a inauguração da nova sede da 1ªCompanhia, quando o capitão Maziero assumiu o comando. Depois da confraternização, o comandante e mais quatro policiais teriam armado uma tocaia para Azevedo por um motivo banal: eles não gostaram quando o soldado abraçou uma policial militar feminina, enquanto cantava karaokê no bar. Um amigo do soldado também foi baleado, por ter presenciado o crime.




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