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Sto.André abastece medicamentos

Município disponibilizou R$ 2 milhões para compra emergencial de 57 tipos de remédios, que devem ser distribuídos até sexta-feira nas UBSs

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
13/09/2016 | 07:07
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Ricardo Trida/DGABC


A Prefeitura de Santo André disponibilizou R$ 2 milhões a mais para a compra de medicamentos distribuídos nas 33 UBSs (Unidades Básicas de Saúde). O intuito é suprir o aumento da demanda de 30,33% na busca por remédios na rede pública de Saúde neste ano, conforme reportagem da edição de ontem do Diário. O prazo para que os remédios estejam nos postos é até sexta-feira.

A expectativa é a de que, com esse valor, os estoques sejam mantidos até dezembro em 95% do total dos 286 itens oferecidos à população. Caso a demanda aumente, a administração não descarta ter que tomar outras medidas.

“Esperamos que agora o número se estabeleça ou então esse planejamento vai ter que ser revisto, porque é uma coisa muito dinâmica”, afirmou o secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte.

Conforme o prefeito Carlos Grana (PT), os recursos municipais foram realocados para compra emergencial. O trâmite começou a ser realizado no último mês e chega à conclusão com a entrega dos medicamentos nesta semana.

“Nas outras unidades, como o Centro Hospitalar Municipal, Hospital da Mulher, nos PAs (Pronto Atendimentos), entre outros, não houve problemas. Sentimos esse aumento na demanda de alguns itens nas Unidades Básicas da Saúde e tivemos que fazer essa compra adicional”, disse.

No total, foram comprados 57 tipos de medicamentos diferentes para o abastecimento das unidades que estão entre os mais procurados pela população. É o caso do Omeprazol, indicado para a gastrite e úlcera; do Hidroclorotiazida e Captopril, para hipertensão arterial; da Glibenclamida e Metformina, para controle de diabetes, entre outros.

O secretário afirmou que apesar da compra, os medicamentos devem ser distribuídos de maneira fracionada, medida que deve ser tomada para que não haja falta dos mesmos.

“Isso porque as entregas são parceladas, a indústria não entrega tudo de uma vez. A tendência é que se chegar na unidade algum remédio que está faltando, a pessoa já quer pegar para três meses. Devemos enfrentar uma resistência por parte do usuário, mas se a gente fizer a entrega parcelada, não vai faltar”, afirmou o secretário da Pasta.

O aumento na procura dos remédios gratuitos é efeito da crise econômica. Alguns pacientes de convênios acabaram migrando para o SUS (Sistema Único de Saúde) por perda de emprego. Além disso, no município, 35% das receitas utilizadas são de redes privadas ou conveniadas.

“Esperamos que neste curto espaço de tempo haja um sentimento de melhora em toda a nossa rede. Também é bom lembrar que temos cerca de 108 farmácias populares na cidade e, caso algum item não seja encontrado na rede, pode ser procurado lá”, afirmou o prefeito.  




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