Na Europa e no Japao, principais compradores de produtos agrícolas norte-americanos, a desconfiança em relaçao aos transgênicos é cada dia maior.
Robert Smigelski, representante da Organizaçao de Cerealistas e de Alimentaçao Animal (NGFA), disse que "é contra à etiquetagem obrigatória desses alimentos".
A questao do rótulo obrigatório é polêmico e os produtores norte-americanos fazem pressao sobre o governo a fim de nao ceder ante europeus e japoneses durante a Rodada do Milênio, da Organizaçao Mundial de Comércio, no final de novembro em Seattle.
"O governo dos EUA nao deve em nenhum caso aceitar a etiquetagem obrigatório dos transgênicos na OMC", destacou Marc Curtis, presidente da Organizaçao norte-americana de Soja (ASA).
Os agricultores temem as conseqüências da decisao do governo japonês de exigir a etiquetagem obrigatória para 30 produtos suscetíveis, a partir do primeiro semestre de 2001, decisao que poderia pôr em risco a exportaçao prevista de 700.000 toneladas de soja.
Os agricultores criticam por outro lado a decisao recente de uma das principais distribuidoras de farinha norte-americana, Archer Daniels Midland, de pedir às cooperativas de cereais e aos comerciantes do varejo para separar os cereais geneticamente modificados dos outros, para satisfazer os pedidos de seus clientes no Japao e nos Estados Unidos.
Esta decisao chegou muito tarde, segundo os agricultores, que plantaram no primeiro semestre entre 20 e 25 milhoes de hectares de milho e soja transgênicos, uma área recorde.
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