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Falso procurador da filha de Serra é filiado ao PT
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
07/09/2010 | 08:13
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O cartório 183ª Zona Eleitoral de Ribeirão Pires confirmou ontem, por meio de certidão, que o contador Antonio Carlos Atella Ferreira é filiado ao PT desde outubro de 2003, com registro na 217ª Zona Eleitoral de Mauá, o que contraria versão do PT estadual de que o registro não foi confirmado porque o pedido foi enviado com erro de grafia no sobrenome - Atella teria sido escrito Atelka. O contador é apontado como falso procurador responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Allende Serra, filha do presidenciável José Serra (PSDB).

A certidão é assinada pela chefe da 183ª Zona Eleitoral, Fabiana Mendes. Certifica que, em abril de 2006, foi feita transferência do domicílio eleitoral para Ribeirão Pires e que, em novembro de 2009, foi excluída sua anotação de filiação ao PT pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) porque constava zona eleitoral incorreta para o eleitor na lista interna do partido, uma vez que Atella era filiado do PT de Mauá.

A chefe ainda declara que não há pedido de desfiliação na 183ª Zona. A assessoria do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) informou que a exclusão da anotação não acarreta a desfiliação, que só pode ser realizada pelo partido. A Justiça Eleitoral informou ainda que tal solicitação também não consta na 217ª Zona Eleitoral de Mauá.

A ex-prefeita de Ribeirão Pires Maria Inês Freire, então presidente do PT municipal em 2006 - quando o contador fez a transferência do título para a cidade - afirmou que as regras da sigla são diferentes das regras da Justiça Eleitoral. "O PT tem regras mais rígidas e restritivas. O presidente do nosso diretório (Antonio Carlos Pereira de Souza, o Carlão) informou que ele (Atella) não foi recadastrado. No mínimo a pessoa precisa passar pelo crivo da executiva (municipal). Tem que participar da vida partidária, votar nos PEDs (processos de eleição direta), pagar a anuidade."

Assalto a comitê - O assalto ao comitê do candidato do PT de Mauá à Câmara Federal, Helcio Silva, no dia 1º, já é apontado pelos tucanos como "queima de arquivo", como afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "Foi um roubo simulado, roubaram a si próprios. Desapareceram com fichas de filiações para esconder quem as abonou", disse senador. "Foi queima de arquivo", emendou.

Segundo boletim de ocorrência, o roubo teria sido praticado "por seis indivíduos fortemente armados com metralhadoras e fuzis". O documento ainda diz que os ladrões levaram o celular de Leandro Dias (presidente do PT de Mauá) e duas armas de dois GCMs (guardas civis municipais), além do celular de um deles. Mas no BO não consta o motivo de os GCMs estarem no local no momento da ação. Conforme o Diário apurou, ambos faziam ‘bico' como seguranças do comitê do candidato petista. Contudo, nem Helcio Silva nem Leandro Dias ou o secretário municipal de Segurança Pública, Carlos Thomaz, foram localizados para responder às acusações do PSDB ou dar mais explicações sobre o ocorrido. (com agências)




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