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Investigação criminal mais eficiente
Fred Furtado
Ciência Hoje/RJ
25/10/2010 | 07:48
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Quem diria que um método usado para extrair DNA de plantas e tecidos funcionaria em um material tão distinto quanto um osso, sendo até mais eficiente que o procedimento padrão? Mas foi isso que pesquisadores paranaenses fizeram ao validarem o protocolo de funcionamento de uma máquina de extração de DNA, a Precellys 24, da empresa francesa Bertin Technologies.

"Adaptamos o método utilizado por esse equipamento, a precessão, para o material ósseo", conta o farmacêutico e perito criminal Hemerson Bertassoni Alves, da UP (Universidade Positivo) e do Instituto de Criminalística, ambos no Paraná.

Alves coordenou o estudo, que se tornou o trabalho de conclusão do curso de Farmácia da UP das alunas Luisa Gobor e Daphne Manuela Toledo. Eles utilizaram amostras de oito corpos carbonizados e decompostos para a pesquisa.

O método tradicional, que usa fenol-clorofórmio, só conseguiu extrair o DNA de um dos cadáveres.

"O método de precessão não só obteve extração de DNA nessa amostra como também em seis dos sete corpos restantes. Além dessa eficiência, reduzimos o tempo do processo de 24 horas para 50 segundos", relata o perito.

O resultado está sendo encaminhado para a revista Forensic Genetics e será apresentado no 3º Encontro Nacional de DNA e Laboratórios Forenses.

A Bertin transformou o trabalho dos pesquisadores em um manual que foi adotado como novo protocolo forense internacional. Ele está disponível no endereço http://www.precellys.com/access-appcenter.aspx .

 




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