Olhando estes dados em separado, parece que o diretor e roteirista Kevin Smith, católico que afirma ir à missa aos domingos, realizou uma pornochanchada underground colocando Deus e o diabo numa terra de trevas morais. Tudo reunido cena a cena, nao passa de uma sátira de seriedade discutível diante de muito barulho por nada. O filme recebeu classificaçao para maiores de 18 anos do Ministério da Justiça e vai ser lançado normalmente no circuito nacional.
A polêmica ficou restrita a pequenos grupos e nem mesmo a Igreja Católica se manifestou oficialmente a respeito no Brasil. Nos Estados Unidos, onde foi lançado em novembro, Dogma já arrecadou US$ 30 milhoes, tendo custado US$ 7 milhoes à produtora Miramax. Teve alguns ecos de polêmica restritos a pequenos grupos, e nada mais.
Diante disso, o Diário convidou dois artistas da regiao para opinarem sobre Dogma do ponto de vista de suas crenças. O escritor e dramaturgo Luiz Maria Veiga, 43 anos, católico, e o cantor e compositor Manuel Filho, 31 anos, ateu, ambos de Santo André. Eles assistiram a uma sessao para imprensa e suas conclusoes estao a seguir.
Veiga, católico praticante, escreveu Você no País das Maravilhas e O Falso Observador de Pássaros, da Atual Editora, e também é autor de Auto da Negociaçao, colocando Deus e o diabo frente a frente numa disputa imobiliária envolvendo a humanidade, encenada no espaço Artes'n'Actos de Santo André. Manuel é cantor e compositor da Banda Café, que prepara o lançamento de seu primeiro CD só com músicas de autores inéditos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.