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Sebrae traçará os pontos fracos do setor de panificação
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/04/2003 | 19:40
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Um projeto do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da Bunge Alimentos, feito para melhorar a competitividade das padarias e que centrou sua atuação inicial no Grande ABC e na Zona Leste de São Paulo, entrará nesta semana em uma nova etapa.

Depois de uma pesquisa, para traçar um diagnóstico dos pontos fracos a serem trabalhados pelos empresários do segmento, a intenção agora é realizar uma série de palestras para capacitar os donos de padaria. Na terça-feira, dia 15, às 15h, o Sebrae e a Bunge apresentarão, no Hotel Pampas, em São Bernardo, o mapeamento e quais serão as soluções de capacitação oferecidas gratuitamente até julho deste ano. Há a intenção de ampliar a participação das empresas. Inicialmente o programa teve 40 participantes na região.

O diagnóstico identificou particularidades como a falta de controles básicos de gestão; deficiências em relação a procedimentos de higiene e limpeza; e problemas relacionados à postura do empresário, que de modo geral, por exemplo, não se preocupa em preparar sua sucessão.

Segundo o consultor Milton Fumio Bando, outra característica dos empresários da panificação é a dificuldade de se ausentar do negócio. “Por conta disso, decidimos por soluções de duração menor, de duas a três horas, que são palestras ou workshops informativas e pontuais”, disse.

Ele afirmou ainda que se pretende oferecer orientação sobre questões relacionadas à Vigilância Sanitária e sobre marketing, “para tirar a visão de que marketing é propaganda” e mostrar que expor bem os produtos no ponto de venda pode estimular as compras. “Pesquisa identificou que no segmento da alimentação, 85% das compras são por impulso e é preciso explorar essa característica, que as padarias não aproveitam.”

Estão previstas ainda palestras sobre finanças. “Muitos empresários desconhecem a forma correta de se calcular o preço de venda.” Bando acrescenta que é a informatização é imprenscindível na atividade. “A padaria comercializa 2 mil a 3 mil itens, e controlar isso manualmente é impossível.” A pesquisa apontou que 85% das empresas do segmento não têm nada informatizado.

Modelo – A Palácio do Pão, de Santo André, que participa, é considerada uma das padarias do Grande ABC que é referência no segmento pelo Sebrae. Segundo o sócio-proprietário da panificadora, Henrique Pereira, a empresa há mais de dez anos é informatizada. “Mas estamos sempre atentos para melhorar mais”, disse.

Outra participante é a padaria Kennedy, de São Bernardo. Para a gerente de produção, Cristiane Franzezi, o programa deverá possibilitar melhorar a parte organizacional, o controle de produção e a administração de Recursos Humanos. “A perspectiva de todos é melhorar a lucratividade”, disse.




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