Entre elas está a notificação do pau-brasil à Cites (Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas), o que colocaria a madeira entre as que precisam ser monitoradas e controladas antes da venda. Segundo Tasso Azevedo, diretor de programas da Secretaria de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, a iniciativa obrigaria todos os que importam o produto, principalmente europeus e americanos, a notificar internacionalmente a compra. A medida não impediria que o pau-brasil fosse exportado, mas criaria exigências para evitar o contrabando.
Para Adalberto Meira Filho, do Ibama, ainda não se decidiu que grau de exigência será imposto para a comercialização do produto. Nesta segunda, para que o pau-brasil seja vendido, o exportador precisa provar que há um plano de manejo para ele.
Outra opção seria exportar apenas o pau-brasil cultivado. O problema, porém, é que em muitos casos a madeira está sendo exportada com outro nome, como um produto acabado ou mesmo como madeira reutilizada. Com a iniciativa, os técnicos acreditam que poderiam passar a controlar a venda no porto de destino.
Os principais compradores de pau-brasil são os produtores de violinos, que o usam desde o século 18 para a produção dos arcos mais caros do mundo. "Existe uma combinação de força e flexibilidade que é ideal para o arco. Os melhores fabricantes usam a madeira que vem do Brasil", afirma Neil Ertz, fabricante em Cambridge, na Inglaterra.
Azevedo garante que o Brasil tem apoio internacional para seguir com a proposta. Foi criada uma entidade de fabricantes de arcos que defende a idéia de promover a sustentabilidade do pau-brasil, a Iniciativa de Internacional de Conservação do Pernambuco, formada por 70% dos fabricantes do Planeta.
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