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Presidente paquistanês declara estado de emergência
Da AFP
03/11/2007 | 15:00
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O presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, declarou estado de emergência neste sábado no país e a polícia paquistanesa cercou a Suprema Corte em Islamabad. As linhas telefônicas, tanto fixas como celulares, foram cortadas no país.

Dois caminhões repletos de soldados armados, sob o comando do ministério do Interior, e dezenas de policiais isolaram o edifício da Suprema Corte. Segundo um conselheiro da presidência, , Musharraf se dirigirá à nação ainda neste sábado para divulgar detalhes sobre os motivos da imposição do estado de emergência,

Um pouco antes do anúncio, as transmissões das emissoras de televisão privadas haviam sido interrompidas repentinamente.

Justificativa - O presidente paquistanês Pervez Musharraf justificou a imposição do estado de exceção este sábado pela crescente atividade da militância islâmica e as "interferências" da Justiça. A ordem presidencial afirma que aconteceu "um aumento visível das atividades dos extremistas e dos atentados terroristas".

"Alguns representantes da justiça estão interferindo no trabalho dos poderes executivo e legislativo na luta contra o terrorismo e o extremismo, debilitando deste modo a determinação da nação e do governo e diluindo a eficácia de sua ação no controle desta ameaça", acrescenta.

O decreto sustenta que "piorou a situação de como o governo do país não pode atuar de acordo com a Constituição, e como a Constituição não fornece uma solução para tal situação, não há saída a não ser por meio de medidas extraordinárias e de emergência".

Suprema Corte - O governo do Paquistão nomeou neste sábado um novo presidente da Suprema Corte. O governo substituiu Iftikhar Muhammad Chaudhry, opositor do general Musharraf desde que o presidente tentou destituí-lo há alguns meses, por Hameed Dogar.

Renúncia - O ex-primeiro-ministro do Paquistão Nawaz Sharif condenou neste sábado a decisão do presidente do país. "A decisão de impor o estado de emergência não tem precedentes. Nunca na história os juízes receberam um tratamento assim", disse Sharif ao canal de televisão privado Geo.

"Musharraf deveria renunciar hoje e convocar eleições justas", acrescentou.



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