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Ribeirão Pires absorve 60% dos comissionados
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
03/05/2011 | 07:43
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Orlando Filho/DGABC


Cerca de 60% dos comissionados da Prefeitura de Ribeirão Pires foram realocados no quadro de funcionários, agora como concursados efetivos. Esse é o balanço preliminar dado pelo prefeito Clóvis Volpi (PV), dois dias depois do fim da obrigação, determinada pelo Ministério Público, de exonerar a maioria das indicações diretas.

Em abril do ano passado, os promotores constataram irregularidades nos cargos de confiança e entraram com Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o Executivo. Cerca de 344 funcionários não estavam em conformidade com a legislação. Desde então, concursos públicos foram realizados para as substituições devidas. As demissões tiveram início em dezembro.

De acordo com o prefeito, a maioria dos comissionados optou por realizar as provas de seleção. "Embora eles não estivessem bem colocados nos concursos, muitos dos chamados não compareciam para tomar posse, portanto abria-se espaço para aqueles que ficavam classificados nos últimos lugares", explicou.

O número de servidores absorvidos novamente corresponde a cerca de 200 funcionários, o que superou as expectativas de Volpi. "Achei que contemplaríamos somente 20% (aproximadamente 70 pessoas), o que seria muito difícil para nós (para garantir a prestação de serviços). Considero que estou numa situação confortável. Os problemas são muito menores do que eu esperava."

O estudo com o impacto financeiro e nos serviços prestados pela Prefeitura deve ser conhecido somente em 60 dias. "Nesse tempo eu vou saber quanto significa isso na folha (de pagamento), se o gasto será para mais ou para menos. Já na administração, se os funcionários que vieram são melhores qualificados, acredito num resultado positivo", declarou o prefeito Volpi.

Volpi aposta no plano de cargos para conter GCMs

O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, acredita que algumas reivindicações dos guardas-civis municipais serão atendidas no plano de cargos e salários, que será apresentado na semana que vem.

"Estamos terminando um trabalho de readequação salarial para permitir que o plano de carreira seja utilizado. Pode ser que nessa conjuntura estejam contempladas algumas das situações propostas por eles", afirmou. "Não vamos fazer por categoria específica. Será um plano genérico e pode ser que esteja incluso", completou. A classe solicita melhorias salariais e aumento da insalubridade (de 10% para 30% sobre o salário).

Os GCMs foram até a Câmara para tentar uma interlocução junto ao Executivo. O prazo dado pela classe para retorno é dia 10. Caso não haja retorno positivo, eles prometem cruzar os braços. "A greve é um direito. A gente usa a lei dos dois lados. Uns fazem a greve porque a lei permite. Se for coisa política, entro com minha ação jurídica. Faço gestão pública. Não há diferença entre um funcionário e outro", declarou.




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