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São Caetano sofre, empata
em casa e jejum aumenta

A equipe do técnico de Márcio Araújo pena diante do Oeste,
fica no 2 a 2 e já soma quatro rodadas sem nenhuma vitória

Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
02/03/2012 | 07:30
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O São Caetano sofreu para arrancar o empate por 2 a 2 com o Oeste, ontem, no Anacleto Campanella. O time perdia por 1 a 0 no primeiro tempo, na volta do intervalo levou o segundo e só chegou à igualdade graças a lance de bola parada e falha do goleiro adversário. Assim, completou quatro jogos sem vitória no Paulista - duas derrotas e dois empates - no qual soma 13 pontos, contra nove do time de Itápolis.

O público, que costuma ser pequeno, compareceu em número ainda menor por conta do horário da partida, às 19h30. O confronto marcou o reencontro do lateral-esquerdo Fernandinho, do volante Romário e do meia Mazinho com o São Caetano. Eles defenderam a equipe do Grande ABC em 2010.

O Azulão atuou desfalcado de Marcelo Costa, que após partida com a Portuguesa alegou desgaste físico e foi poupado, e do atacante Betinho, que ainda se recupera de lesão no músculo adutor da coxa direita, sofrida na derrota para o Corinthians.

Mais uma vez o técnico Márcio Araújo improvisou Geovane de centroavante. Assim, ele ficou praticamente isolado e teve dificuldades porque tem como característica partir com a bola dominada e não jogar de costas para os zagueiros. Pedro Júnior, que é acostumado a fazer a função, ficou no banco. Kleber atuou no lugar de Marcelo Costa, mas por conta da forte marcação não encontrou espaços, a exemplo do meia-armador Ailton.

Em razão do empenho do adversário na marcação e de mais uma vez ter sido cauteloso em demasia, o Azulão sofreu para se impor. Lento e com muitos toques de lado, sem objetividade, o time foi dominado nos primeiros minutos. Como o mandante também não conseguiu ser eficiente nos desarmes, o Oeste criou o primeiro lance de perigo aos 11 minutos. Após tabela rápida nas proximidades da área, Mazinho recebeu livre e mandou na trave esquerda de Luiz.

Sem ser incomodado, o visitante seguiu arriscando em jogadas de velocidade e abriu o placar aos 21 minutos em cobrança de falta de Fernandinho. Ele bateu direto, da intermediária. O chute não saiu forte, mas a zaga não afastou, Luiz falhou e a bola entrou no canto direito.

Em desvantagem, o Azulão teve de ir atrás do empate, porém seguiu criando pouco e errando passes. O time só levou perigo aos 32, no único chute que deu a gol, com Isael. A bola passou rente à trave direita.

A equipe do Grande ABC voltou do intervalo com os mesmos erros. Sem criatividade, lenta e com dificuldades para se impor. Resultado: aos dois, sofreu o segundo gol, com Serginho escorando, de cabeça, cruzamento da esquerda.

Aos sete, o próprio Serginho quase ampliou. Roubou a bola na intermediária e invadiu a área, mas no momento do arremate Eli Sabiá apareceu e afastou o perigo.

Com o gol, o Azulão teve de sair mais e diminuiu aos nove. Após falta batida por Isael, Marcone foi para a área e desviou para a rede (2 a 1).

Aos 17, Vicente chutou de fora da área, Paulo Musse saiu mal e soltou nos pés de Ailton (2 a 2).

Nos minutos finais as equipes só se preocuparam em marcar.

 

Márcio Araújo e elenco veem igualdade como grande resultado na A-1

O empate do São Caetano diante do Oeste em casa foi considerado de bom tamanho pelos jogadores e mesmo pelo técnico Márcio Araújo, sobretudo pelo baixo rendimento da equipe no primeiro tempo.

"Claro que ninguém fica feliz ao empatar em casa. Mas se levarmos em conta que no primeiro tempo não jogamos e logo no início do segundo levamos o segundo gol e reagimos, o resultado foi até bom", disse o meia Ailton, autor do gol de empate do Azulão.

O atacante Geovane disse que chegou a temer pelo pior. "Quando levamos o segundo logo no comecinho do segundo tempo fiquei preocupado. Achei que não ia dar, porque no primeiro tempo eles foram melhores. No entanto, o time mostrou personalidade, não se acovardou e chegou à igualdade", comentou o jogador, para quem uma derrota poderia ser catastrófica, levando-se em conta que no domingo o time encara o Palmeiras fora de casa.

O meia Ailton aproveitou para cobrar apoio da torcida nos jogos da equipe em casa. "Os torcedores têm de nos ajudar. Os poucos que vêm só criticam. Estamos sozinhos. É cobrança de todo lado. Ao menos a torcida tem de ser compreensiva e nos ajudar", desabafou, referindo-se às críticas dirigidas a ele e a Isael logo no início do segundo tempo.

 




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