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Aloysio Nunes reconhece apenas candidatura de Dib
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
08/06/2010 | 07:49
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O pré-candidato a senador pelo PSDB Aloysio Nunes afirmou ontem, em São Bernardo, que a única candidatura tucana a deputado federal no Grande ABC é a do ex-prefeito William Dib.

A declaração do ex-secretário da Casa Civil do governo estadual colocou água fria nas pretensões dos vereadores de Santo André Paulinho Serra e Marcelo Chehade de disputar o mesmo cargo em outubro. "Dib é a maior liderança do PSDB no Grande ABC e uma das maiores no Estado. A presença dele na nossa chapa é fator de organização e unificação do partido na região. Se outra candidatura (a federal) vier, a executiva vai analisar", discorreu Aloysio, depois de participar de reunião no escritório do ex-chefe do Executivo são-bernardense com lideranças locais.

Nos últimos dias, ventilou-se que Paulinho Serra deixaria a coordenação de campanha de Dib para sair candidato, o que estaria inclusive sendo articulado pelo tucano que buscará vaga ao Senado, que rechaçou veemente. "A última vez que conversei com Paulinho, que é meu amigo, foi pouco antes de eu deixar o governo (no fim de março). Ele me disse que não seria candidato a nada e participaria da campanha de William Dib. Aliás, não sou mentor de ninguém", frisou Aloysio.

Indagado sobre as arestas internas a serem aparadas pelo ninho tucano, Dib esquivou-se. "Acho que não é um problema meu. Não tenho participação no processo partidário. A executiva avalia. A coligação (na chapa proporcional) com o DEM e PPS muda muito a conjuntura dos fatores."

ARAPONGA - Aloysio Nunes comentou ainda o caso de espionagem para elaboração de suposto dossiê contra o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, atribuído à campanha da adversária, Dilma Rousseff (PT).

"Se ela não é culpada por ação, é por omissão. Eu sei aquilo que se passa em meus comitês de campanha. E eu era o principal responsável. O candidato é o responsável. É a última instância sobre o que acontece em seu esquema íntimo de campanha", avaliou o tucano.

O ex-secretário se disse preocupado com a situação, "porque mostra que a tendência antiga que já se manifestou em outras ocasiões em campanhas eleitorais nos arraias petistas, que são a bisbilhotice, a espionagem e a escuta ilegal". "Eles já fizeram isso antes. Em 2006, no episódio dos aloprados, e antes contra dona Ruth Cardoso (mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que morreu em junho de 2008)."

Para Aloysio, a ação dividida da direção da campanha do PT, "em grupos antagônicos, que disputam o poder entre eles", continua sendo "algo muito presente na vida desse partido". "Fico imaginando se a candidata petista fosse eleita presidente da República, coisa que não acredito, como iria compor com esses interesses internos. Ela que diz desconhecer algo que estava acontecendo em seu próprio comitê."

O pré-candidato a senador referiu-se ao fato de, além de produzir relatório contra Serra, também havia pretensão de os arapongas investigarem a origem dos vazamentos de informações de dentro do comitê petista.




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