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Restrição de fretados em São Paulo vai atingir moradores da região
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
30/06/2009 | 07:42
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Os moradores do Grande ABC que utilizam transporte fretado para chegar ao Centro Expandido da Capital terão problemas a partir do dia 27 de julho, quando a circulação dos veículos será restrita. Os veículos não poderão trafegar em vias como Marginal Pinheiros, Avenida do Estado, Avenida dos Bandeirantes e demais pontos definidos pela ZMRF (Zona de Máxima Restrição à Circulação de Fretados), de 70 quilômetros quadrados, nos dias úteis, entre 5h e 21h. Empresários estimam que cerca de 5.000 pessoas da região utilizem o serviço diariamente.

"O Grande ABC vai ter sérios problemas porque para chegar em muitos locais os usuários terão de descer no Terminal Sacomã e usar o transporte público, ou optar por carro próprio. De qualquer forma, o fretado não vai ter mais serventia", explica Celso Vieira Rutkowski, diretor executivo da Assofresp (Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Fretamento e Turismo do Estado do São Paulo). Vieira acredita que a nova regra vá criar um transtorno no trânsito da cidade, pois cada ônibus fretado tira pelo menos 20 carros de circulação.

As novidades anunciadas ontem pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), atendem à lei de mudanças climáticas que deixou sob responsabilidade da prefeitura a regulamentação da circulação, parada e estacionamento do transporte fretado. A prefeitura da Capital espera remover cerca de 1.300 ônibus do centro. Os fretados serão desviados para 13 pontos de embarque e desembarque, criados em estações de trem e metrô.

Para Luiz Orestes Rebizzi, 62 anos, proprietário de 11 ônibus que saem do Grande ABC e passam pela ZMFR, a lei vai prejudicar os empresários. "Com a restrição terei de deixar os passageiros muito longe de onde trabalham, alguns terão de pegar outras conduções. As pessoas não vão pagar o fretado mais o transporte público. O movimento vai cair muito."

A bancária Ana Paula Andrade, 24, mora em Santo André e há dois anos chega ao trabalho no Morumbi de fretado. "Estamos apreensivos porque os ônibus coletivos não são apropriados, estão sempre superlotados. Para ir de carro, é complicado porque sempre há trânsito na Avenida dos Bandeirantes. A lei é sem nexo e ainda não sabemos o que vamos fazer."




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