Mandatário da Câmara de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) negou que a mesa diretora do Legislativo age para prejudicar politicamente o vereador Manoel Lopes (DEM) na sindicância que apura suposto assédio sexual contra o democrata.

Denunciado por uma servidora, Manoel é personagem central de comissão de funcionários públicos que apura o fato. A defesa do democrata tenta acesso à investigação, o que não foi permitido pela direção da Casa sob alegação de que os trabalhos ocorrem em sigilo.

“Em nenhum momento a comissão fala em investigação contra o Manoel, mas sobre a denúncia em si. Tanto é que ele entrou na Justiça para tentar barrar os trabalhos da sindicância e perdeu”, citou Marcelo.

Desarquivado a pedido do vereador Luiz Alfredo dos Santos Simão (PTdoB) – uma vez que em 2014 a acusação havia sido desconsiderada pelos vereadores –, o processo teria de ser encerrado há duas semanas, o que não ocorreu. Nenhum relatório foi produzido e sequer os personagens centrais foram ouvidos. “Eles (servidores) estão terminando as investigações. Eu não posso e não vou pressionar ninguém”, adicionou Marcelo.

Segundo secretário da mesa diretora, Ricardinho da Enfermagem (PTB) também negou retaliação política contra Manoel Lopes. “Para ser bem sincero, não estou acompanhando (os trabalhos da comissão). Mas não tem como falar em perseguição porque não estamos investigando ele.”