Política Titulo
Mercadante quer reduzir os pedágios
Aurélio Alonso
Rede APJ
29/09/2010 | 08:45
Compartilhar notícia


A revisão nos contratos de pedágios para baixar as tarifas é o mote eleitoral do candidato a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT), conforme enfatizou durante três vezes na sabatina da Agenda São Paulo promovida pela APJ (Associação Paulista de Jornais). O candidato petista diz que o governo precisa dar mais atenção ao Interior para tirar a concentração econômica das regiões mais ricas, o que ele chama de "interiorização" do desenvolvimento. Mercadante também falou de Saúde, Educação e Segurança.

DESAFIOS
"O Estado de São Paulo é como se fosse um País. O PIB é duas vezes o da Venezuela e superior ao da Argentina. Nos últimos anos, o Estado não tem avançado junto com o Brasil por falta de parcerias em áreas importantes com o governo federal. A prioridade é a área de Educação, a sociedade do futuro, do conhecimento e da informação. São Paulo tem as melhores universidades e importantes institutos de pesquisas científicas. A Educação tem que ser prioritária e estratégica. Começa na pré-escola (...) e vai até o curso superior."

PROGRESSÃO CONTINUADA
"Sou favorável a acabar com a aprovação automática. Os alunos passam de ano sem saber. É comum encontrar pais, mães e avós reclamarem que o aluno da 6ª série não sabe ler e escrever. Isso não pode continuar. São 5 milhões de alunos na rede estadual. São Paulo tem como oferecer escola de qualidade e precisamos de informatizá-la. Os professores têm que ter laptop."

INTERIOR
"É necessário interiorizar o desenvolvimento de São Paulo. 443 cidades só têm 5% do PIB do Estado e as regiões do Centro e do Oeste enfrentam grande esvaziamento econômico, mas para isso tem que rever o abuso do pedágio que compromete a competitividade. Os contratos têm de ser revistos, mas reconheço que num estado democrático (os contratos) devem ser respeitados, no entanto, tem uma cláusula de equilíbrio financeiro. A taxa de retorno mais antiga dos pedágios é de 20% a 25%, enquanto os novos contratos são 8%, porque o indexador é o IPCA. Os antigos são pelo IGPM, com taxa mais alta de retorno, mas atualmente não faz sentido porque o fluxo de veículos nas estradas aumentou a rentabilidade das concessionárias. O que podemos oferecer: prorrogação dos contratos. O governo do PSDB fez isso em 2006, mas sem reduzir tarifa."

SAÚDE
"Hoje 30% dos pacientes do SUS estão esperando até seis meses para o tratamento de radioterapia, cateterismo e hemodiálise. A solução passa por parceria com clínicas particulares e que possuam equipamentos de alta complexidade para prestar serviço em horários ociosos. Mas a médio prazo é necessário construir mais oito hospitais regionais e pelo menos mais 30 AMEs (Ambulatórios de Especialidades) e 123 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) para urgência e emergência."

SEGURANÇA
"A crise começa nos presídios se não retomar a disciplina. É necessário separar os presos por periculosidade em quatro níveis: primários, reincidentes não perigosos, perigosos e chefes do crime organizado. É muito mais inteligente quem tem um delito menor trabalhar para a sociedade do que deixar o detento preso. Na cadeia ele vai ficar pior do que entrou se misturados a detentos de alta periculosidade. Hoje tem uma sobrecarrega de 55 mil presos no sistema e déficit de 11 mil agentes penitenciários."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;