O arcebispo de Teresina disse que cabe aos pastores a tarefa de formar a consciência política dos fiéis. D. Celso considera que os padres não podem se filiar em partido e nem atuarem como políticos.
“Os pastores não podem substituir os políticos, roubando-lhes o próprio espaço e comprometendo a comunhão das comunidades eclesiais”, diz o documento.
Ele disse que o padre deve ter postura e ser independente. “Eles não devem ser candidato, pois tem de ser livres para fazer as críticas e não se envolver diretamente com a política.”
O documento foi divulgado durante o encontro onde foram dadas orientações da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) sobre as eleições, que contou com a presença do arcebispo de Mariana (MG), d. Luciano Mendes.
D. Celso afirmou que a Igreja tem a missão e o compromisso de conscientizar os cidadãos sobre a responsabilidade de votar, além de promover debates e reflexões sobre programas e candidatos, avaliando melhor as candidaturas.
Com este documento, a Igreja Católica rompe uma vinculação umbilical que tinha com o PT nas lutas sociais e, principalmente, nas pastorais da terra.
No Piauí, três padres militavam politicamente – dois eram prefeitos. Os padres Herculano Negreiros, ligado ao PSB, e Manoel Lira (PFL) foram prefeitos de São Raimundo Nonato e D. Inocêncio, respectivamente. O padre Ladislau João da Silva (PT) é militante ativo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e foi vereador em Esperantina.
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