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Setores industriais argentinos sofrem com crise brasileira
Do Diário do Grande ABC
02/02/1999 | 12:42
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A crise no Brasil afeta os setores automobilístico, siderúrgico, químico, petroquímico, têxtil, de alimentos, de calçados, papel, plásticos e equipamentos mecânicos, segundo um levantamento da Uniao Industrial Argentina (UIA) divulgado nesta terça-feira.

"Estes sao alguns dos setores mais afetados e com danos comprovados, mas nao sao os únicos onde está se fazendo notar a situaçao brasileira", opinou o vice-presidente da UIA, Osvaldo Rial, à agência de notícias DyN.

O informe será apresentado ao secretário da Indústria, Comércio e Minas, Alieto Guadagni. Os industriais pediram que o governo nao esper um conseno brasileiro para agir.

Segundo o industrial, a situaçao é "muito mais grave do que o governo pensa", e enfatizou que, apesar de ser do interesse de todos preservar o Mercosul, isso nao pode acontecer ao custo das indústrias argentinas.

Por sua vez, o secretário da UIA, Ignacio de Mendiguren, expressou à mesma agência que alguns setores nao poderao suportar muito tempo os efeitos da crise, as conseqüências sao sentidas e, por isso, é preciso atuar com urgência. "No Brasil existe uma grande confusao e nao se pode às autoridades brasileiras que pensem na Argentina", declarou. "Independente do que o Brasil fizer, nós temos que ter nosso próprio plano de medidas".

Em principio, o governo ouviu os pedidos da UIA e aplicará, a partir de março, um regime de licenças automáticas para produtos procedentes do Brasil, com o objetivo de evitar uma avalanche de importaçoes do sócio majoritário do Mercosul.

O secretário das Relaçoes Econômicas Internacionais, Jorge Campbell, tentou tranqüilizar e assegurou que o governo impulsiona uma política que visa principalmente preservar o mercado comum. Mas destacou que a crise nao vai passar até o Brasil encontrar seu ponto de equilíbrio.




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