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Lula quer final do trâmite das reformas em outubro
04/05/2003 | 20:14
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No almoço com ruralistas, sábado em Uberada(MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou longamente com o ex-presidente da Câmara e governador de Minas Gerais, Aécio Neves(PSDB), sobre a tramitação e aprovação das reformas tributária e previdenciária. Ele disse que gostaria de ver as duas aprovadas pelo Congresso até o mês de outubro, mas admitiu que poderá encontrar alguns problemas na Câmara, onde, conforme lembrou, existem maiores possibilidades de manobras regimentais, que poderão provocar atraso nas votações.

Embora as votações das reformas não fossem assunto predominante durante a feijoada, que reuniu mais de 600 convidados, o presidente Lula não deixou escapar a oportunidade de tentar angariar apoio para as suas propostas, aproveitando o fato de estar rodeado, principalmente, por pefelistas e tucanos. Na conversa com Aécio, o presidente Lula disse acreditar que no Senado o processo andará mais rápido. "Eu quero ver se votamos tudo até outubro", afirmou ele ao governador, repetindo o velho argumento de que 2004 é ano de eleições de prefeitos, quando votações importantes são prejudicadas.

Ao cumprimentar o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que também estava presente ao almoço, Lula brincou ao dizer a ele que quer trazê-lo para mais perto do governo. O senador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), também presente, prometeu apoio, lembrando que já o fazia no governo anterior quando o PT combatia as mesmas propostas. "No governo Fernando Henrique conseguimos fazer algumas coisas e só não avançamos mais porque o PT era contra e impedia as votações, atrasando a entrada em vigor de medidas que eram fundamentais", alfinetou Azeredo após o almoço com Lula.

Lembrando que Lula tem de conversar muito é com o seu próprio partido e os de sua base de apoio político, Azeredo disse que os 21 senadores que já foram governadores sabem da necessidade das reformas. O senador tucano ainda classificou como "tímida" a proposta de reforma tributária.

Tentando dar uma clara demonstração de que vai conversar com todos os partidos, tratando-os com igualdade, o presidente Lula fez questão de cumprimentar todos deputados e senadores que estavam presentes ao almoço, ou quem poderia exercer alguma influência sobre algum parlamentar. Além de Azeredo e Bornhausen, o presidente conversou durante o almoço com o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB) e com os deputados José Roberto Arruda (PFL-DF), Augusto Nardes (PP-RS) e Ronaldo Caiado (PFL-GO).




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