Embora as votações das reformas não fossem assunto predominante durante a feijoada, que reuniu mais de 600 convidados, o presidente Lula não deixou escapar a oportunidade de tentar angariar apoio para as suas propostas, aproveitando o fato de estar rodeado, principalmente, por pefelistas e tucanos. Na conversa com Aécio, o presidente Lula disse acreditar que no Senado o processo andará mais rápido. "Eu quero ver se votamos tudo até outubro", afirmou ele ao governador, repetindo o velho argumento de que 2004 é ano de eleições de prefeitos, quando votações importantes são prejudicadas.
Ao cumprimentar o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que também estava presente ao almoço, Lula brincou ao dizer a ele que quer trazê-lo para mais perto do governo. O senador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), também presente, prometeu apoio, lembrando que já o fazia no governo anterior quando o PT combatia as mesmas propostas. "No governo Fernando Henrique conseguimos fazer algumas coisas e só não avançamos mais porque o PT era contra e impedia as votações, atrasando a entrada em vigor de medidas que eram fundamentais", alfinetou Azeredo após o almoço com Lula.
Lembrando que Lula tem de conversar muito é com o seu próprio partido e os de sua base de apoio político, Azeredo disse que os 21 senadores que já foram governadores sabem da necessidade das reformas. O senador tucano ainda classificou como "tímida" a proposta de reforma tributária.
Tentando dar uma clara demonstração de que vai conversar com todos os partidos, tratando-os com igualdade, o presidente Lula fez questão de cumprimentar todos deputados e senadores que estavam presentes ao almoço, ou quem poderia exercer alguma influência sobre algum parlamentar. Além de Azeredo e Bornhausen, o presidente conversou durante o almoço com o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB) e com os deputados José Roberto Arruda (PFL-DF), Augusto Nardes (PP-RS) e Ronaldo Caiado (PFL-GO).
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