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PSDB de S.Bernardo
se inspira em 1996
Beto Silva
Do Diário do Grande
27/05/2011 | 07:44
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O PSDB de São Bernardo se inspira na eleição de 1996 para obter êxito no pleito do ano que vem. Há 15 anos, o partido era oposição e se coligou com seis legendas - PMDB, PSB, PPS, PRP, PSDC e PMN -, condição parecida com a que será encontrada em 2012. Apenas parecida, pois alguns detalhes do atual cenário podem fazer toda a diferença.

O discurso saudosista que relembrou a eleição de 1996 partiu do presidente municipal do PSDB, vereador Admir Ferro. Ao relatar as dificuldades que serão encontradas no ano que vem, o dirigente observou que as adversidades podem ser superadas.

"Às vezes qualidade é melhor que quantidade. Partidos sem expressão, vazios, não acrescentam em nada. A oposição precisa estar unida e acreditar que podemos vencer. Podemos ter um conjunto de legendas forte, como nomes fortes", avaliou o tucano.

Há 15 anos, o então prefeito Walter Demarchi (PTB) apoiou Waldir Cartola (PTB) para sua sucessão. PPB e PSC apoiaram a empreitada. O grupo governista foi rachado para o pleito, porque o vice-prefeito Tito Costa (à época no PFL) lançou candidatura própria, com adesão de PL, PSD e PDT.

A circunstância favoreceu o PSDB, que arregimentou as seis siglas para a chapa encabeçada por Maurício Soares, formando, assim, a maior aliança daquela disputa, apesar de poucas siglas. Não fosse a divisão do bloco do governo Demarchi, a situação teria composto arco de aliança com sete partidos e dificultaria a vitória tucana.

Essa é a primeira diferença do panorama. O grupo que trabalhará pela reeleição do prefeito Luiz Marinho (PT) está coeso. Mais do que isso, a expectativa é de que as agremiações aliadas em 2012 ultrapassem as 11 garantidas em 2008.

Outra disparidade deve ser o número de candidaturas com potencial de chegar ao segundo turno. Em 1996, foram sete chapas. Entre quatro delas, a disputa foi equilibrada.

Maurício Soares venceu o primeiro turno com 103.633 votos, ou 35,2% dos válidos. Seguido de Tito Costa, com 99.133 sufrágios, equivalente a 33,7% dos eleitores que foram às urnas.

O petista Wagner Lino conquistou 52.820 votos, o que representou 17,9%. Em quarto lugar ficou Waldir Cartola, com 36.983 adesões, ou 12,5%. As demais três candidaturas nanicas - PV, PTN e PCO - não chegaram a 1.000 votos cada. Maurício Soares venceu o segundo turno contra Tito ao obter 63,2% dos votos válidos.

No ano que vem, se desenha não mais do que três coligações capazes de superar os 10% dos votos válidos. O que favorece a candidatura governista, pois possui mais apoiadores, a máquina administrativa e o amparo financeiro necessário do PT para garantir a reeleição de Marinho.

 

Lideranças rebatem petistas, que afirmam vencer no 1º turno

 

Os tucanos de São Bernardo rebateram as declarações dos petistas Maurício Soares (secretário de Governo da Prefeitura) e de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (deputado federal), de que o prefeito Luiz Marinho deve ser reeleito no primeiro turno no pleito do ano que vem.

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) inicialmente preferiu não comentar as declarações dos petistas "para manter a coerência de não antecipar o debate", mas, em seguida, avaliou sucintamente: "O PT é sempre arrogante ao comentar a eleição antes do período legal".

O presidente do PSDB municipal, vereador Admir Ferro, frisou que, para fazer essa análise otimista, "os petistas não têm conversado com o povo". "Se estivessem nas ruas, não teriam essa certeza. O governo está mal, existem muitas reclamações. A plenária do Orçamento Participativo no Baeta Neves (segunda-feira) foi um exemplo. De três obras prometidas, nenhuma saiu do papel. O governo da inclusão é, na verdade, o governo da exclusão", enfatizou Admir.

O presidente da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB), ressaltou que São Bernardo é uma cidade grande, com mais de 200 mil eleitores (atualmente são 563.327, segundo o Tribunal Superior Eleitoral), e "com certeza haverá segundo turno". "Só não terá se a oposição se unir para nós vencermos no primeiro turno", provoca.

O vereador Juarez Tudo Azul (PSDB) salientou que "não existe eleição ganha antes da hora". "Rodo muito São Bernardo e tem muita coisa que prometeram para ser feita. Tem muita gente descontente com eles (governo). Então, não é bem assim... Vamos trabalhar forte para disputar de igual para igual e, se possível, ser superior", discorreu.




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