Em um informe confidencial dirigido no final de 2003 ao Conselho da União Européia, a Europol indicou que "Madri poderá ser o cenário central de uma atividade terrorista no futuro".
"Esta operação poderá implicar a colocação de vários artefatos explosivos e carros-bomba em pontos estratégicos da capital (metrô, vias expressas, centros comerciais, ruas importantes etc)", indicou o informe.
Segundo o texto, os artefatos poderiam ser programados para explodir sucessivamente. "A insistência observada recentemente nas operações em grande escala, cujo objetivo é criar uma comoção considerável no público e uma cobertura da imprensa internacional também é de grande importância", destaca o informe, que não precisa a natureza dessas operações.
O diretor da Europol, Juergen Storbbeck, que se encontrava em Roma nesta quinta-feira, considerou que não há nenhuma certeza sobre a autoria dos atentados de Madri, enfatizando, em particular, que as autoridades não foram prevenidas das explosões, como habitualmente faz a ETA.
A Europol é a organização intergovernamental das polícias criminais dos 15 países da União Européia, encarregada de promover o intercâmbio de informações entre as polícias nacionais no âmbito dos narcóticos, terrorismo, criminalidade internacional e pedofilia.
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