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Pressão faz Grécia desistir de referendo
04/11/2011 | 08:25
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Surtiu efeito a pressão pública do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, às margens da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Em pronunciamento feito ao Parlamento ontem, em Atenas, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um acordo de princípio para abandonar o referendo sobre o pacote de socorro de 130 bilhões de euros, aprovado em Bruxelas em 27 de outubro. Em lugar da consulta popular, uma votação no Legislativo vai confirmar o auxílio.

A decisão foi o apogeu de um novo dia de tensão entre líderes da União Europeia, reunidos em Cannes, e a administração grega. A insatisfação havia aumentado ao longo da madrugada, após o pronunciamento feito em Cannes por Sarkozy e Merkel, no qual deram um ultimato à Grécia: aceitar o pacote e ficar, ou abandonar a zona do euro.

Nas primeiras horas da manhã, Papandreou enfrentou a rebelião dos principais nomes de seu gabinete, entre os quais o ministro da Economia, Evangelos Venizelos, contrários ao referendo. Ao mesmo tempo, surgiu a informação de que o Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok) teria perdido a maioria, inviabilizando seu governo. A bancada estaria com menos de 152 parlamentares - do total de 300. A crise política provocou então uma reunião de urgência do gabinete.

Horas de costuras políticas se seguiram até que um acordo foi anunciado com o partido de centro-direita Nova Democracia para a aprovação do pacote de socorro em uma sessão de hoje do Parlamento. Em tese, 180 dos 300 deputados estariam dispostos a endossar o pacote.

Às 16h (13h em Brasília), Papandreou se dirigiu aos deputados, classificando a situação como "pesadelo". "Eu disse aos meus parceiros que, se nós tivermos um consenso político, se pudermos votar o programa de resgate, não serão necessárias outras soluções", afirmou o premiê. "Tínhamos um dilema: consenso ou referendo. Um fracasso no apoio ao pacote significaria o início de nossa partida do euro. Mas se há consenso, não precisamos de referendo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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