Tamanho é o sucesso dos livros de Paulo Coelho mundialmente que era difícil imaginar a razão de seus filmes ainda não terem chegado ao cinema. O escritor já declarou que reluta em vender os direitos de suas obras, por imaginar que suas histórias se passam melhor na cabeça dos leitores do que na tela.

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Nesta sexta-feira, porém, chega às salas do Brasil "Veronika Decide Morrer", primeira adaptação de um livro do mago. Outros três best-sellers também ganharão em breve a telona, incluindo "O Alquimista" (que será levado ao cinema pelo ator Laurence Fishburne"), "Onze Minutos" e "A Bruxa de Portobello", um projeto do próprio escritor desenvolvido junto aos fãs, com estreia prevista para o Festival de Roma, em outubro.

Dirigido por Emily Young, "Veronika Decide Morrer" traz Sarah Michelle Gellar (a eterna caça-vampiros Buffy) como a personagem do título. Enquanto no livro, lançado em 1998, a história se passa na Eslovênia, o longa transfere a trama para Nova York, mantendo a referência ao país do leste europeu na origem da família da protagonista.

Com 28 anos, Veronika é uma típica yuppie bem sucedida, que perdeu a vontade de viver. Mais clichê impossível, ela decide cometer suicídio em seu apartamento ao som de Radiohead (a faixa "Everything in its Right Place"). Mas a overdose de medicamentos não é fatal a tempo, e ela é resgatada antes de morrer.

Veronika, então, acorda no quarto de um hospital psiquiátrico. Por meio do doutor Blake (), ela fica sabendo que a tentativa de se matar causou um problema em seu coração, deixando-a com cerca de um mês de vida.

Com a notícia, a jovem sai no encalço de morrer sob seus termos, já que o fim é irremediável. Ao mesmo tempo, conhece personagens da clínica, como sua companheira de quarto Claire (Erika Christensen), que atinge a lucidez em seus momentos de maior loucura. Já o doutor Blake e a ex-advogada Mari (Melissa Leo) são figuras que preferiram o isolamento à loucura das metrópoles.

No perturbado Edward (Jonathan Tucker), Veronika encontrará uma razão para voltar a viver. Resta saber se não será tarde demais para isso.

Como é comum na obra de Paulo Coelho, "Veronika Decide Morrer" é basicamente uma história de autoajuda, cheia de metáforas e parábolas. O escritor monta suas tramas de modo que elas cheguem ao resultado desejado, mesmo que por meios pouco plausíveis. Para quem gosta do autor, o filme deve suprir a expectativa. Quem não é fã continuará não sendo.