O vereador de Ribeirão Pires Koiti Takaki (PV) anunciou que não será candidato no pleito eleitoral do ano que vem. O parlamentar decidiu pendurar as chuteiras, pelo menos no Legislativo, após cumprir seu segundo mandato - o primeiro foi de 2001 a 2004.

O verde optou por abdicar de sua candidatura para ajudar Saulo Benevides (PV), pré-candidato ao Paço. Ele firmou compromisso de se dedicar exclusivamente à campanha do correligionário no ano que vem.

O vereador chegou a manifestar interesse em disputar a Prefeitura, mas recuou. "Se a oposição tiver muito candidato, a situação ganha a eleição. Não podemos dividir o bolo", declarou.

Após 2008, Takaki e Benevides se rebelaram contra o prefeito Clóvis Volpi (PV). Ambos tiveram severas discussões com o chefe do Executivo e romperam relações. Takaki não esconde seu descontentamento e chegou a confessar a pessoas próximas que "em hipótese alguma voltará a compor com o grupo governista."

Benevides destacou o papel estratégico do seu "amigo aliado" na campanha. "Ele está entre meus três principais articuladores, pois acreditou no meu projeto desde o começo. O Koiti é muito bom de voto, mas tocar campanha, principalmente contra a máquina, toma muito tempo. Vamos usar experiência dele como administrador e secretário." Takaki comandou a Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer de 2005 a 2008.

Koiti reiterou que confia plenamente no sucesso do colega. "Saulo tem total chance de se eleger prefeito, pois o governo não têm candidato. Nenhum dos três cotados (Edinaldo de Menezes, o Dedé, Nonô Nardelli e Rosi de Marco) têm perfil para comandar o Executivo", analisou.

O vereador ressaltou que esse é o motivo do fraco desempenho dos postulantes da administração nos levantamentos feitos - cotados de Volpi aparecem na terceira colocação. "Ele (prefeito) errou em deixar a decisão para última hora", avaliou Takaki.

Parlamentar está de malas prontas para o PSD

O vereador Koiti Takaki (PV) já enviou para São Paulo mais de 1.000 assinaturas que apoiam a criação do PSD, partido lançado pelo prefeito da Capital, Gilberto Kassab (sem legenda).

A comissão provisória da sigla, no âmbito municipal, ficará sob os cuidados do parlamentar. "Assim que o partido for formalizado em Brasília e as fichas voltarem para Ribeirão, eu peço desfiliação do PV", afirmou Takaki. Como ele está se transferindo para legenda recém-criada, não sofre risco de ter a cadeira solicitada pelo partido. A legislação assegura o mandato neste tipo de situação.

Takaki convidou o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PV), para ingressar na sigla. "O convite é oficial, queremos ele nos nossos quadros", reiterou. O comandante do Legislativo se esquivou do assédio. Rindo, ele agradeceu ao colega e disse que aprendeu a "nunca dizer nunca".