Notável por seu estilo acessível para leitores leigos, a obra também merece destaque pelo fato de ter sido escrita por dois pacientes. Hallowell e Ratey, além de especialistas no assunto, também se confessam portadores do DDA, ou distraçao, como eles preferem. A linguagem usada é propositalmente informal e didática, planejada para, segundo explica a dupla de médicos no prefácio, informar e desfazer preconceitos.
A organizaçao do trabalho também favorece essa louvável preocupaçao. Ao longo de seus nove capítulos, o livro mostra de que maneira o DDA pode ser identificado em crianças, adultos, casais, em toda a família, quais sao as variaçoes possíveis do mal e, por fim, como ocorre o diagnóstico e o tratamento.
Quanto ao diagnóstico, capítulo que provavelmente será procurado de imediato pelo leitor, vale lembrar que os autores ressaltam que o DDA, apesar dos aborrecimentos, também provocam vantagens para o portador. Coisas positivas como grande vitalidade, intuiçao, criatividade e entusiasmo. O correto, dizem, é proporcionar aos indivíduos uma dosagem saudável desses atributos.
Entre tantos comportamentos e situaçoes que podem revelar a presença do DDA em adultos, os médicos citam: sensaçao de baixo rendimento, dificuldade em organizar-se, dificuldade para iniciar projetos, realizaçao de muitos projetos simultâneos e dificuldade para finalizá-los, dificuldade em prestar atençao, impulsividade verbal ou de açao (gastar dinheiro, mudar planos, temperamento agitado), tendência a vícios, problemas crônicos de auto-estima, variaçoes de humor, sensaçao de insegurança, depressao e histórico familiar de DDA.
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