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Aidan Ravin é a 'bola da vez' dos candidatos
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
11/07/2010 | 07:21
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O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), é a bola da vez no assédio de candidatos a diferentes cargos públicos nas eleições deste ano. Da presidenciável petista Dilma Rousseff a pleiteantes à Assembleia Legislativa, surge movimento quase que uniforme em direção ao chefe do Executivo. O objetivo é pegar carona no prestígio do petebista, que governa cidade cujo colégio eleitoral ultrapassa 530 mil eleitores, que podem fazer a diferença no pleito.

Em visita a Santo André segunda-feira, Dilma lamentou ter de desmarcar encontro com Aidan por falta de espaço em sua agenda de campanha. Na quarta-feira, é a vez da candidata do PT ao Senado, Marta Suplicy, desembarcar na cidade. A cúpula do partido não esconde o desejo em ter o prefeito manifestando apoio às suas candidatas.

A expectativa é em virtude de o PT considerar o Sudeste como o diferencial para as eleições presidenciais. Por estar encravado no Grande ABC, berço do partido e das lutas sindicais, Santo André é um dos principais focos.

"Sabemos que o partido do Aidan tem aliança com outro candidato (José Serra), mas ainda temos esperanças de que ele colabore com Dilma", revela o vice-presidente estadual do PT, Rafael Marques. "Aguardamos algum gesto do prefeito", conclui.

Coordenador da Macro PT ABC, Humberto Tobé segue a linha do correligionário. "A estratégia é dialogar com lideranças também de fora do partido. É hora de conversar com todo mundo."

Aidan revela que o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), o procurou para agendar encontro com Marta, mas não são só petistas que têm o assediado em busca de apoio. Candidatos de outros partidos que não compõem a coligação estadual encabeçada pelo PSDB (da qual o PTB faz parte) também miram estreitar o relacionamento com o prefeito. "O Celso Russomanno (candidato ao governo estadual pelo PP) me procurou. Não posso fechar as portas da Prefeitura", considera.

A postura adotada pelo chefe do Executivo é já vislumbrando a possível eleição dos candidatos, que podem trazer recursos financeiros para Santo André. "Como governante, tenho de pensar na cidade. Não posso comprometer o diálogo."

Aidan, no entanto, descarta "vestir a camisa" de qualquer candidato que não pertença à coligação do PTB.

O prefeito reconhece a importância de Santo André para as eleições, mas enfatiza que a busca por seu apoio não seria tão intensa se "a administração não estivesse realizando bom trabalho." "Fico feliz (pelo assédio). Mostra que a Prefeitura vem desempenhando bem o seu papel. Se fosse o contrário, os candidatos buscariam apoio em outro canto. É um bom sinal", avalia.

Aidan compara o momento atual com o de quando se lançou ao Paço. "Quando era vereador, PT, PSDB e DEM me queriam para vice-prefeito. Banquei a candidatura e deu certo."




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