Usuários do estacionamento rotativo de São Caetano estão insatisfeitos com o novo sistema de vendas de cartões. Os monitores da Cello Auto, empresa responsável pelo serviço, podem vender apenas o talão contendo dez bilhetes ao preço de R$ 15. Somente postos autorizados comercializam o cartão unitário.

 Uma das dificuldades dos motoristas é que, em geral, os pontos comerciais abrem a partir das 9h, mas a Zona Azul começa a funcionar às 8h. Além disso, é possível encontrar locais que vendem o cartão acima do valor estipulado de R$ 1,50. Na Rua Visconde de Inhaúma, no bairro Nova Gerty, uma banca de jornal cobra R$ 2 pelo cartão com validade de uma hora.

 "O pessoal reclama, xinga, mas não temos culpa", diz uma fiscal. Dor de cabeça também para quem não reside no município. Ao estacionar o carro, a cabeleireira Maria do Carmo Storion, 53, moradora da Zona Leste da Capital, encontrou uma monitora, mas teve de ir a uma loja para comprar o único cartão que precisava. "Você já está atrasada e ainda tem de procurar lugar para comprar."

 "Vender dez é um abuso", afirma o administrador Francisco Ruiz Maldonado, 58, morador de São Caetano. "Nem todo mundo sabe onde estão os postos", diz o detetive particular Gilberto José dos Santos, 32.

 A Prefeitura informou que o novo sistema de venda estava previsto no edital e no contrato com a Cello Auto, mas garante que o número de postos autorizados aumentou 50%. Atualmente, há 190 locais credenciados. No entanto a empresa foi notificada sobre o problema e terá até terça-feira para decidir entre iniciar a fiscalização a partir das 9h ou disponibilizar a venda avulsa de cartões.