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Preços de matéria-prima caem 0,16% em agosto
Karina Nappi
Do Diário do Grande ABC
09/09/2011 | 07:30
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Os preços dos alimentos, combustíveis e metais para os consumidores tiveram queda em agosto frente a julho. Isso é o que aponta o Índice de Commodities Brasil do Banco Central. Na análise mensal, houve redução de 0,16%. Produtos primários como açúcar, soja e carne são cotados internacionalmente e levam a denominação de commodities e têm impacto direto na inflação brasileira.

O IC-Br nos oito meses do ano apresentou diminuição de 2,12% e em 12 meses teve alta de 18,23%.Assim, apesar nos preços ter tido aumento nos últimos 12 meses, no acumulado deste ano registra redução.

O indicador é dividido em três categorias, e no mês o segmento agropecuário (formado por carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e carne de porco) apresentou alta de 1,96%, enquanto os metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) tiveram queda de 2,59%.

Desta forma, a parcela da população que vende metais em ferros-velhos, por exemplo, teve recuo no lucro das suas negociações.

O segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) registrou queda de 3,07%, assim, o preço da gasolina, que é derivada de petróleo tende a ter redução nos próximos meses, pois o Brasil produz petróleo denso e compra petróleo leve para misturar e utilizar como combustível, entre outros destinos do produto.

Enquanto o IC-Br teve queda, o índice internacional de commodities Commodity Research Bureau registrou alta de 0,43%, no mês, e de 1,11%, no acumulado do ano. Em 12 meses encerrados em agosto, o aumento chega a 9,88%.

Estes dados apontam que o Brasil está com preços melhores dos produtos básicos do que o resto do mundo, que ainda passa por dificuldades em decorrência da crise internacional.

COPOM - Uma semana após o Banco Central informar que a taxa de juros do País, a Selic, foi reduzida em 0,5 ponto percentual, os economistas divulgaram a ata da reunião, que explica o porquê da medida e está alinhada com o anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que há desaceleração da economia e que a inflação deverá ficar abaixo dos 6%.

Houve projeção de aumento do conjunto dos preços administrados, ou seja, dos serviços públicos para 5% em 2011, ante previsão anterior de aumento de 4,9%. Para o acumulado em 2012, o BC manteve a estimativa de que os preços deverão subir 4,4%, valor já considerado em julho.

A ata também cita que os valores da gasolina em 2011 vão aumentar 4% no acumulado do ano, previsão já divulgada em julho. Ao manter essa expectativa, o BC prevê "reversão parcial da elevação de 6,3% ocorrida até julho". Para o gás de cozinha, a estimativa para os preços em 2011 é de estabilidade.

O BC também manteve a previsão de que as tarifas de telefonia fixa terão aumento de 0,9% em 2011. Já a conta de eletricidade deverá ter elevação de 4,1% no decorrer deste ano.

O Comitê de Política Monetária passou a reconhecer a influência da crise financeira internacional e admite que "a atual deterioração do cenário internacional cause impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008/2009".

Como consequência do turbulento quadro externo, o BC explica que "apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, entre outros, a inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional".




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