A Shell afirmou que há interpretação errada dos resultados dos exames, que apontaram a contaminação de 86% dos 181 moradores, sendo 88 adultos e 27 crianças. "Nós entendemos que não há contaminação. Se a Prefeitura entende que há, ela deve remover os moradores", disse a vice-presidente da Divisão Química da empresa, Maria Lúcia Braz Pinheiro.
No entanto, a empresa divulgou na tarde desta terça-feira, por meio de uma nota, que apesar das “evidências comprovarem a total falta de fundamento científico do relatório de saúde apresentado pela prefeitura de Paulínia, a empresa vai implementar mais uma série de medidas para tranqüilizar as pessoas afetadas”.
Entre as medidas anunciadas pela Shell, a empresa colocará à disposição dos moradores, neste sábado, “uma equipe de renomados especialistas, dos mais importantes institutos de saúde do Brasil para esclarecimentos do diagnósticos”.
Segundo a nota, a empresa “abrirá a possibilidade de aquisição dos terrenos daqueles que estão se sentindo desconfortáveis diante do quadro de terrorismo psicológico criado pela forma sensacionalista com que o assunto vem sendo tratado pelas autoridades municipais".
A empresa tinha o prazo de 15 dias para se posicionar sobre o laudo, ma deu um parecer dois dias depois de receber o documento, no fim da semana passado. Essa atitude fez com que o MPE, a prefeitura e os moradores do Recanto dos Pássaros antecipassem o ingresso da ação civil.
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