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Ford Motor Co. registra prejuízo de U$ 12,7 bi, o pior da história
Fabrício Migues
Do Diário do Grande ABC
25/01/2007 | 22:44
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A Ford Motor Co. registrou o pior dos seus 103 anos de existência. A montadora informou nesta quinta-feira que fechou 2006 com um prejuízo de US$ 12,7 bilhões. Um número assustador se comparado ao desempenho da companhia em 2005, quando foi registrado lucro de US$ 1,4 bilhão.

Até então, o pior prejuízo da empresa havia sido em 1992, com perdas de US$ 7,4 bilhões, quando a indústria ainda sentia os efeitos da recessão nos EUA.

Segundo fontes ligadas à empresa, o principal problema enfrentado pela Ford no ano passado foi a alta dos preços da gasolina em território norte-americano e o desinteresse dos consumidores pelas picapes e utilitários esportivos, ponto forte em vendas da montadora. Analistas apontam uma queda acentuada na venda da Explorer e das picapes série F, modelos com alta margem de vendas e de extrema lucratividade para a empresa.

Outro fator significante é a reestruturação que a companhia promove pelo mundo todo, ação que necessitou de um bom investimento. O plano inclui o fechamento de 16 fábricas na América do Norte e a demissão de 45 mil empregados até 2008.

Só no último quadrimestre de 2006, a Ford totalizou perdas líquidas de cerca de US$ 5,8 bilhões devido à queda das vendas das picapes e aos pagamentos aos demitidos. A companhia repete insistentemente que gastará cerca de US$17 bilhões entre 2007 e 2009, incluindo reestruturação. Só neste ano, a previsão é perder US$ 8,5 bilhões.

“Nós reconhecemos a posição que nos encontramos atualmente e já estamos tomando providências apropriadas para enfrentar essas questões que nos assolam”, explicou o CEO da Ford Motor Co., Alan Mulally. “Nós já temos um plano e estamos no caminho para desenvolvê-lo”, conclui.

Analistas de mercado indicam que o futuro da empresa norte-americana será de menor ganho e mais sobre movimentação de dinheiro e reestruturação.

A Ford anunciou também que a produção seria baixa ao longo do primeiro semestre de 2007. Inicialmente, serão produzidos 10 mil veículos a menos na América do Norte, o que significa numa produção 15,5% inferior à registrada no mesmo período de 2006. Porém, a companhia garante que o crescimento na produção voltará já a partir do segundo semestre de 2007.



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