O senador Cristovam Buarque (PT-DF) discute na tarde desta terça-feira a sua desfiliação partidária com a bancada petista no Senado. A expectativa era de que o desligamento fosse anunciado na segunda-feira em plenário, mas Buarque disse ter mudado de idéia ao receber dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Delcídio Amaral (PT-MS) e Sibá Machado (PT-AC) convites para a reunião da bancada.
"É justo que a bancada saiba dos meus argumentos para sair do partido, antes do plenário do Senado", avaliou. Os motivos da saída, explicou, não são as denúncias recentes de irregularidades no partido. "O PT é um partido ético. Os responsáveis pelas irregularidades serão punidos. A minha insatisfação é por ver nosso governo passando sem dizer qual é o seu legado para o Brasil, sem promover inclusão social ou fazer uma revolução na educação".
O senador descartou a possibilidade de aceitar os convites para fazer parte do PFL. A saída do PT teria como objetivo refundar a esquerda brasileira, e não reforçar os partidos de direita.
"Meu caminho é à esquerda do PT, em um partido onde haverá espaço para candidatos com sonhos e os pés no chão", afirmou.
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