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Fabricantes registram procura em alta durante feira
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/05/2010 | 07:00
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Fernando Nonato /DGABC


Fabricantes de máquinas e equipamentos, reunidas nesta semana na Feira Internacional da Mecânica - principal evento do segmento na América Latina -, comemoram a retomada das vendas, depois das dificuldades que o setor atravessou ao longo de boa parte de 2009.

Para expositores e representantes dessa indústria, a recuperação da economia brasileira, aliada à linha especial de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a compra de maquinário, colaboram para o impulso nos resultados.

Houve prorrogação até 31 de dezembro dessa linha de crédito, que é parte do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), criado pelo banco. No entanto, sua taxa de juros subirá, a partir de 1º de julho, de 4,5% ao ano para 5,5%.

Essa elevação dos juros funciona como estímulo adicional para os negócios durante a Mecânica - que começou na terça e vai até sábado no Anhembi -, segundo o diretor de eventos da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Carlos Padovan.

"Se o cliente fechar a compra dentro desse mês, o agente financeiro terá tempo de preparar a documentação para o financiamento com juros a 4,5%", assinala o dirigente, lembrando que a elevação de um ponto percentual significa aumento de 22,2%. Ele projeta que passarão pelo evento, que conta com 2.000 expositores, cerca de 120 mil visitantes.

Para o gerente de vendas da B.Grob, de São Bernardo, Rogério Secchiero, a procura, logo no primeiro dia, surpreendeu. Ele avalia que será possível fechar muitos negócios durante a feira.

A meta da empresa, que fabrica centros de usinagem para o segmento automotivo, é crescer de 15% a 20% em 2010. "O mercado está atrativo. Estamos esperançosos de que isso (o crescimento) se concretize", afirma.

Outra expositora, a Fundição Estrela, também de São Bernardo, projeta expansão de pelo menos 6% neste ano em relação a 2009 . Segundo o gerente de novos negócios, Amílcar de Andrade, há potencial de crescimento em diversas áreas, entre as quais a de petróleo.

CRÉDITO - O superintendente da área de operações indiretas do BNDES, Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes, afirma que o PSI está pulverizado entre as empresas, independentemente do porte, e que, em função dos juros atrativos, esse é o momento de aproveitar a oportunidade.

De acordo com ele, a carteira do banco é da ordem de R$ 124 bilhões para investimento até o dia 31 de dezembro. Desse total, R$ 36,3 bilhões já foram desembolsados. O maior volume se destina a projetos de bens de capital (máquinas e equipamentos), R$ 62 bilhões.




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