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Hortifrúti eleva preço da cesta básica
Alexandro Mello
Do Diário do Grande ABC
04/11/2011 | 07:06
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Orlando Filho/DGABC


Durante o mês de outubro o preço da cesta básica no Grande ABC não sofreu forte variação, com alta de R$ 3,18 frente a setembro, totalizando R$ 362,74. No período, os alimentos do grupo hortifrúti foram os principais responsáveis pela inflação. Mesmo não tendo maior peso na composição da cesta, a cebola, a alface e a laranja tiveram reajustes elevados.

Apenas o quilo da cebola subiu 19,96%, com preço médio de R$ 1,71. Em seguida, o pé de alface ficou 16,47% mais caro, sendo vendido por R$ 1,49 no mês passado. E o quilo da laranja-pera nos supermercados aumentou 8,55%, encerrando o período a R$ 1,37.

Para o engenheiro agrônomo da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André Fábio Vezzá De Benedetto, a alta ocorreu devido às chuvas e ao fim da safra da laranja, que diminuiu a disponibilidade de produtos no mercado. "A safra das frutas cítricas tem seu pico no inverno, é quando eles estão mais baratos."

ARROZ E FEIJÃO - Os alimentos mais importantes na dieta dos brasileiros não tiveram reajustes altos. O preço do quilo de feijão nos estabelecimentos da região encareceu 4,09%, com preço médio de R$ 2,48, e o arroz teve alta de 2,68%, comercializado por R$ 6,60. Pelos cálculos da Craisa, uma família com dois adultos e duas crianças consome por mês três pacotes de arroz e seis de feijão.

Segundo Benedetto, mesmo com o aumento, esses produtos seguem com preço menor do que no ano passado. O feijão, por exemplo, chegou a R$ 4,18 e, o arroz, a R$ 7,54, diferenças de 40% e 12%, respectivamente.

Dos 34 produtos pesquisados, 20 registraram aumento e 14 apresentaram queda. Entre os recuos mais relevantes está o leite longa vida, cujo valor caiu 2,93% em outubro. O preço médio da bebida foi de R$ 1,99, contra os R$ 2,05 cobrados em setembro. Na comparação com igual período do ano passado, o preço era 16% menor, em torno de R$ 1,67.

FRANCO - Na comparação com outubro do ano passado, o frango inteiro e as carnes de primeira e segunda seguem mais caros. O destaque é para o frango resfriado inteiro, cujo preço aumentou 15%, com custo médio de R$ 4,14 contra os R$ 3,60 cobrados em 2010. O consumidor está pagando atualmente R$ 0,54 a mais pelo quilo do produto.

Entre os cortes bovinos, o coxão mole (carne de primeira) acumula reajuste de 3%. O quilo da proteína é vendida nos estabelecimentos da região por R$ 15,44, enquanto no ano passado o valor era R$ 14,95. Já o acém (de segunda), é comprado por R$ 10,24; há um ano o valor era R$ 10,04.

MENSAL - Na comparação entre setembro e outubro, foi exatamente o frango que contabilizou leve desaceleração no preço, de 1,95%. O corte bovino de primeira recuou 1,01% e o de segunda ficou 1,44% mais caro no período, mostra pesquisa realizada pela central de abastecimento andreense.




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