O acidente aconteceu por volta das 11h30. Dos trinta passageiros que estavam dentro do coletivo, doze deram entrada no Hospital Paulino Werneck com ferimentos leves e arranhoes. O motorista, José Carlos Teixeira teve fratura nas duas pernas e sofreu uma pequena cirurgia.

Segundo pescadores que estavam no acostamento do viaduto, o motorista do ônibus da linha 634, apostava corrida com o ônibus da linha 910 (Bananal/Madureira), ambos trafegando da Ilha do Governador em direçao à Ilha do Fundao. Ao tentar a ultrapassagem o motorista do 634 perdeu a direçao e quase despencou do viaduto. Houve pânico. Passageiros gritavam por socorro e foram retirados do coletivo por pescadores e alguns passageiros do ônibus 910, que logo depois deixou o local do acidente. A cobradora, Arlete de Fátima, 39, teve que pular de uma altura de três metros para sair do ônibus.

Do acidente até o resgate do ônibus, feito por um caminhao auto-guincho do Corpo de Bombeiros, foram quase três horas. O trânsito no viaduto do Galeao Velho foi interditado por policiais do 17º BPM (Ilha). Na hora do resgate, um susto. A corda que prendia o teto do ônibus para levantá-lo fez com que o teto do coletivo se soltasse e o ônibus despencasse do viaduto, caindo às margens da Baía de Guanabara, em cima dos pertences de um mendigo que morava embaixo do viaduto, retirado minutos antes.

Na porta do hospital, chocada com o acidente e com arranhoes no braço, a dona-de-casa Rosângela Quirino dos Santos, 26 anos dizia que nasceu de novo. Ela contou que vinha com a família do cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador quando pegou o ônibus. ``O motorista vinha correndo muito, chegou a subir no canteiro na Estrada do Galeao. O acidente foi culpa dele', dizia, com o filho Alan Carlos, de nove anos, que teve fratura no braço direito.