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Brasil ocupa 38ª posição em ranking mundial de TI
Cristie Buchdid
Do Diário do Grande ABC
11/02/2002 | 19:17
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O Brasil é o 38º colocado no ranking dos 75 países mais desenvolvidos em tecnologia de comunicação e informação (ICT) e com maior potencial para explorar sua capacidade tecnológica. O levantamento – apresentado na semana passada durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Nova York, nos EUA – integra o Global Information Technology Report 2001-2002: Readiness for the Networked World (GITR), escrito por pesquisadores da Universidade de Harvard.

Os Estados Unidos lideram o ranking, seguidos de quatro países europeus: Islândia (2º), Finlândia (3º), Suécia (4º) e Noruega (5º). Entre os países asiáticos, o líder é Cingapura, que está na oitava posição, seguido por Coréia do Sul (20º) e Japão (21º). No Oriente Médio, a nação melhor posicionada no ranking é Israel (22º). Na América do Sul, três países superam o Brasil: Argentina (32º), Chile (34º) e Uruguai (37º).

O conteúdo do relatório só será divulgado integralmente em março, mas já há quem questione a posição brasileira. Tudo porque, para eles, o Brasil merece uma colocação de maior prestígio no segmento de TI. “A tecnologia empregada no setor bancário brasileiro é uma das mais desenvolvidas do mundo. Não são muitos os países que têm bancos on-line com respostas instantâneas”, diz Nelson Lerner, fundador da Pragmática Engenheiros Consultores Associados.

Política de TI, infra-estrutura doméstica e iniciativas educacionais são algumas características avaliadas pelo relatório. A análise sugere que a capacidade de um país para ter sucesso no mundo da tecnologia não depende somente das condições econômicas. Bangladesh (73º), Índia (54º) e Bolívia (67º) aparecem em posições elogiáveis. Japão (21º) e França (24º), por sua vez, estão em posições aquém do esperado.

“Alguns problemas brasileiros que se refletem na infra-estrutura de TI são a falta de investimento, baixa escolaridade e má distribuição de renda. Faltam empresas de maior porte e consolidadas. A Índia, por exemplo, tem empresas fortes”, afirma Marco Stefanini, presidente da Stefanini Consultoria.

Nos sub-índices que compõem o ranking, a melhor colocação do Brasil está no de e-government (15º). “O relacionamento do governo com a população no Brasil demonstra fortes avanços, como na entrega do imposto de renda e no licenciamento de automóveis, ambos via Internet”, afirma Lerner. No de e-commerce, liderado pelos EUA, o Brasil aparece em 18º. No ranking do custo do acesso à Web, o Brasil é o 42º – o acesso mais barato está na Suécia.

No ranking de Networked Learning, a Finlândia é a líder, com o Brasil em 36º. “Muitos brasileiros que desenvolvem softwares são exportados para os Estados Unidos. Empresas nacionais que desenvolvem soluções sob encomenda competem com soluções prontas de grandes empresas internacionais”, afirma Lerner.




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