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‘Lei Seca’ esquenta Câmara de Ribeirão Pires
Juliana Gattone
Do Diário do Grande ABC
13/11/2003 | 22:58
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Em um novo episódio da novela sobre o horário para o fechamento dos bares, os vereadores de Ribeirão Pires travaram um verdadeiro duelo nesta quinta. De um lado a autora do projeto da Lei Seca, a tucana Sônia Garcia, do outro os vereadores Claudio Deberaldini (PL) e Donizete Cruz (PC do B). Após uma hora de discussão e ofensas, a Câmara decidiu adiar o projeto para realizar audiência pública na segunda-feira (24), às 19h.

Logo no início da sessão, o presidente da Câmara, Edson Savietto, o Banha (PT), comunicou aos vereadores que o projeto, por ser substitutivo, não poderia entrar na ordem do dia e seria apreciado apenas na última sessão do mês. Foram lidos também um documento da Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires) – declarou apoio à aprovação do projeto por entender que o vandalismo prejudica o comércio – e um abaixo-assinado dos donos de bares, que são contra a aprovação porque diminuiria as opções de lazer e não melhoraria a violência. Foi quando começou a seqüência de manifestações na tribuna.

A primeira foi Sônia, que comunicou ter acatado a sugestão de Donizete para realizar a audiência. “Se for necessário fazer um plebiscito, faremos”, disse, ao citar a idéia do vereador Moacyr Soares (PT).

A petista Elza da Silva Carlos, a Elzinha, defendeu o debate por entender que há necessidade de ouvir as partes. “Mas acho que bar não é proporcionar lazer. Temos de dar outro tipo de entretenimento aos jovens.” Ela diz precisar de dados para votar.

Donizete, o autor da sugestão, defendeu a audiência porque acha que todas as discussões devem ser feitas. “Temos de tentar chegar a consenso.”

Em seguida, Deberaldini foi à tribuna. “Acho que só esse projeto não resolve. É como dar dipirona para quem precisa de remédio de tarja preta.” O liberal defende que a ação seja do governo estadual. “Já discutimos esse projeto exaustivamente neste ano. Ele foi rejeitado (por 11 votos a quatro) e agora voltou.”

Mara Ribeiro (PL) subiu e decidiu o jogo. “Senhor presidente, vamos decidir agora. A audiência pode ser dia 24, às 19h?” Banha aceitou a proposta, mas as discussões continuaram entre Elzinha, Deberaldini, Gilson Hamada (PL) e Sônia por causa de palavras utilizadas por eles durante a defesa na tribuna.




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