Política Titulo Aos 52 anos
Siraque realiza festa sem 'estrelões'

Com falta de caciques, primeiro aniversário como federal reuniu grupo político

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/02/2012 | 07:59
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O deputado federal Vanderlei Siraque (PT) promoveu ontem festa de aniversário de 52 anos na Casa de Portugal, em Santo André, sem a presença de integrantes da alta cúpula petista. Apenas o ex-prefeito andreense João Avamileno (PT) e o chefe do Executivo de Mauá, Oswaldo Dias (PT), deram peso ao ato. Apesar da primeira comemoração como detentor de uma cadeira no Congresso Nacional, o evento reuniu família, amigos e o grupo político, que praticamente encheu o local com 700 pessoas.

Em clima ‘paz e amor', Siraque não demonstrou preocupação com o fato. Porém, fez questão de exaltar o comparecimento dos mais próximos, relatando que isso não significa desprestígio político. Mesmo tendo desistido de provocar prévia interna no PT em favor da pré-candidatura única do deputado estadual Carlos Grana ao Paço de Santo André, que justificou a ausência em virtude da recuperação de uma cirurgia estética nas ‘bolsas' dos olhos para retirar as olheiras, visando o processo eleitoral.

Ao ser questionado sobre as medidas que o PT poderia executar para massificar o nome de Grana à Prefeitura, o deputado evitou entrar em dividida. Segundo ele, a capilaridade do correligionário depende, entre outras coisas, de política de comunicação. "É processo normal numa campanha. O primeiro passo foi dado com a unidade (consenso, sem prévias). Com um bom marketing ele fica conhecido rapidamente. O mais importante, porém, são as propostas."

O petista, chamado por Avamileno a participar ativamente da eleição, preferiu acrescentar que sua maior participação para a campanha de Grana será para defender o projeto político. "O conteúdo do programa de governo interessa mais à população do que às pessoas em si." Em eventos públicos com o ex-sindicalista, Siraque é, por enquanto, mais lembrado. A principal estratégia em Santo André, entretanto, depende dos palanques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político de Grana.

Apesar de lembrar que ainda não recebeu contato oficial, até o momento, do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), depois de assumir o mandato em Brasília, Siraque ponderou que não terá receio em atender o petebista mesmo em período eleitoral se for necessário. "Vou atender a ele ou a qualquer outro prefeito, sem distinção partidária. Agora, quem faz os projetos são as prefeituras. Nós (mandato) temos as portas abertas, mas eles têm de apresentar propostas."

Sobre a abertura do posto de vice de Grana, o parlamentar defende a composição da chapa com "um quadro que agregue", sendo dentro ou fora do PT. "O ponto primordial é ter perfil diferente para somar eleitoralmente." Siraque argumentou que uma pessoa do setor empresarial seria preponderante para completar a parceria com o ex-sindicalista. Próximo de fechar com o aliado nacional, o PMDB, o empresário Duílio Pisaneschi - até hoje no PSDB - foi considerado "como nome interessante".




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