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Líder do PHS apoia
Dedé e ignora Saulo

Presidente estadual do partido, Tinha di Ferreira, oficializa
migração para base governista ao Paço de Ribeirão Pires

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
25/02/2012 | 07:45
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O PHS oficializou ontem apoio ao pré-candidato governista ao Paço de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). O presidente estadual da legenda, Tinha di Ferreira, disse que nenhum outro pré-candidato conversou com o PHS.

"O Dedé foi o único candidato que procurou o PHS, por isso resolvemos fechar com ele", destacou o humanista. Até o momento, a legenda integrava o grupo do vereador e postulante ao Paço Saulo Benevides (PMDB).

Porém, quando questionado sobre o posicionamento da legenda até então, Tinha foi enfático. "Não conheço esse vereador. Ele é candidato? Porque eu não sei disso. Nunca veio falar conosco e muito menos apresentar suas propostas", considerou.

A articulação para atrair o PHS foi comandada por Dedé e pelo deputado estadual Alex Manente (PPS). O apoio foi fechado nacionalmente e passou pela conjuntura de alguns municípios. "Teve conversa com a estadual e alguns acordos que vinham sendo feitos em cidades maiores. Uma semana antes do Carnaval, Ribeirão Pires acabou entrando na pauta", contou o humanista.

Com o ingresso do PHS, Dedé soma dez partidos em sua base (PPS, PV, PR, PDT, DEM, PTB, PSB, PCdoB, PTN - perdeu o PRP recentemente). É o maior arco de alianças entre os pré-candidatos. "Política não se faz sem partidos. Toda essa conjuntura só nos fortalece. Aos poucos o grupo vai crescendo", afirmou o popular-socialista.

O prefeito Clóvis Volpi (PV) quando foi reeleito em 2008 teve o arco de alianças de 13 legendas. O verde destacou que o número de aliados foi importante. "Não governamos sem um bom grupo. A cidade é grande e não pode ser governada apenas com um partido ou só por uma pessoa", analisou.

O chefe do Executivo ressaltou que a consolidação das alianças demonstra a ascensão do seu escolhido. "O Dedé já representa a força política da cidade. É isso que queremos", salientou Volpi.

Volpi deseja que o PHS integre a administração já neste último ano de mandato. "Queremos trazer o partido para dentro do governo, para nos ajudar a organizar a gestão", reiterou.

O deputado estadual Alex Manente (PPS) comemorou o momento vivenciado pela pré-candidatura de seu afilhado político. "Um bom processo de sucessão só poderia agregar. O grupo tem capacidade de atração de mais aliados", avaliou.

 

Diretório municipal estuda ir à Justiça contra executiva de SP

O diretório do PHS em Ribeirão Pires não se conforma com o apoio da executiva estadual ao pré-candidato governista, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). A legenda estava no grupo de Saulo Benevides (PMDB), que é da oposição. O presidente da sigla no município, Fábio Cesário da Silva, o Baby, ameaça entrar na Justiça pelo direito de permanecer com o peemedebista.

"Não precisa de presidente municipal se lá em cima eles fazem os acordos deles e chegam aqui não conversam com a gente. Fica ruim", criticou Baby, que se filiou ao PHS no ano passado com a missão de estruturar a legenda na cidade.

O humanista estuda a possibilidade de abrir mão de sua candidatura ao Legislativo. "Eu e 95% somos contra o governo. Se for para ficar com o Dedé, eu não saio a vereador", disse o presidente. Uma possível debandada da legenda não está descartada.

No passado, o vereador Koiti Takaki (PSD) foi o responsável por ir até ao comandante estadual do PHS, Tinha di Ferreira, pedir para montar a sigla em Ribeirão.

O parlamentar disse que a situação "é falta de respeito com a executiva municipal". "Não chamaram o presidente (local) para participar da conversa. Vou orientar o Baby (que é chefe de Gabinete do pessedista) a ir para a Justiça", ressaltou.

Tinha, por sua vez, ponderou as declarações. "Não é uma intervenção. O partido tem resoluções e o diretório da cidade vai receber o documento. É preciso respeitar as instâncias superiores", considerou.




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