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Quati, o narigudo simpático
Do Diário do Grande ABC
24/10/2010 | 07:30
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Edmilson Magalhães/DGABC


Parente do guaxinim e do jupará, o quati tem corpo comprido e focinho longo, tanto que seu nome significa nariz pontudo, na língua dos índios. Apesar de pertencer à ordem carnívora, é onívoro, ou seja, come de tudo, frutas, ovos, insetos, pequenos vertebrados e larvas. Percorre grandes distâncias atrás de alimento, localizado com seu excelente olfato e focinho especializado em fuçar buracos.

Fica muito tempo sobre as árvores. É lá que passa a noite, acomodado nos galhos, onde também a fêmea dá à luz aos filhotes. Nascem de dois a sete bebês depois de dez a 11 semanas de gestação, pesando cerca de 100 gramas. Com cinco semanas, eles saem do ninho e com 15 meses tornam-se adultos, chegando a pesar de 4 kg a 6 kg e medir até 1,25 m.

O quati foi muito caçado por seu belo pelo, que varia do cinza-escuro ao marrom-avermelhado. O rabo é comprido, onde o pelo forma anéis pretos e brancos. Tem garras nas patas dianteiras que o auxiliam nas escaladas e para rasgar os troncos e capturar larvas e insetos. Vive em grupos de quatro a 20 animais, formado por fêmeas adultas e machos jovens. Os machos mais velhos, em geral, são solitários e só se juntam aos demais na época de reprodução. Mas viver em bando tem suas vantagens, pois  ao menor sinal de perigo, um deles emite alerta para que todos se protejam entre os galhos das árvores.

Esse mamífero vive da Colômbia e Venezuela até Argentina e Uruguai, sendo comum em quase todas as regiões do Brasil. Já foi muito utilizado como animal de estimação de povos indígenas e atualmente é fácil encontrá-lo em parques dentro das cidades. Tem grande capacidade de adaptação e, por ser muito curioso, aproxima-se dos humanos com facilidade. Corre risco de extinção por causa do desmatamento das florestas e da caça, sendo até atropelado nas estradas.

Bicho do Mês é feita com a colaboração de Carolina Galvão, bióloga da Fundação Parque Zoológico de São Paulo




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