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Votação de vetos deixa clima tenso em Sto.André
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
04/03/2011 | 07:51
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A sessão da Câmara de Santo André de ontem foi marcada pela discussão tensa dos vetos do prefeito Aidan Ravin (PTB) a oito projetos de lei dos vereadores, sendo a maioria da base de sustentação. Embora cada autor defendesse seu projeto, o número foi insuficiente para derrubar o veto. Todos foram mantidos.
O fato causou constrangimento entre governo e os situacionistas. Isso porque mesmo com a fala oficial do homem-forte da administração petebista, Nilson Bonome (PMDB), de que os vereadores "são livres para votar como quisessem", os discursos de alguns situacionistas deu o tom da saia justa enfrentada por eles. Prova disso foi a votação do projeto de autoria de Paulinho Serra (PSDB), único a apresentar empate em nove a nove, uma vez que dois correligionários - Marcos Cortez e Marcelo Chehade - se abstiveram.
A matéria diz respeito à alternativa para minimizar a poluição sonora, problema comum em regiões da cidade como a Rua das Figueiras, via repleta de bares e casas noturnas em bairro residencial (Jardim).
Paulinho disse respeitar a opinião dos pares e defendeu que alguns vícios de iniciativa podem ser sanados como "é o caso do meu projeto. Com a manutenção do veto vou pressionar o Executivo para que apresente projeto. Se o veto fosse derrubado aceleraria sua implantação."
O vice-presidente da Câmara, Evilásio Santana Santos, o Bahia (DEM), adotou tom efusivo ao defender seu projeto, que prevê instalação de câmeras de videomonitoramento, por imagens on-line em locais públicos de grande circulação como escolas, praças e unidades de Saúde. "Estou sendo injustiçado nesta Casa, pois esse item foi votado duas vezes por maioria dos vereadores."
O democrata enfatizou que a matéria já está sendo executada pelo Paço, mas que a ideia inicial é sua. "Apresentei esse projeto em 2009. Não derrubar o veto é ciumeira de vereador que quer assumir a paternidade do projeto." E após fala do tucano Chehade, afirmando que nunca fez projeto de videomonitoramento "porque sabia que era inscontitucional", Bahia disse: "O doutor pensou, pensou, mas não fez. Quem fez fui eu."
O líder do governo, Donizeti Pereira (PV), tentou amenizar o momento, mas colocou mais ‘lenha na fogueira' ao afirmar que "alguém aqui não deve saber o papel de um vereador", referindo-se a projetos de lei que geram custos e devem ser apresentados pelo Executivo. " Talvez antes de se candidatar é interessante fazer escolinha."
A bancada de oposição petista reclamou de não poder participar da reunião com Bonome realizada no plenarinho (sala de reuniões da Casa). "O líder governista (Donizeti) nos convidou a nos retirar", frisou José Montoro Filho, o Montorinho. Antonio Leite também demonstrou insatisfação. "Fiquei indignado. Se o secretário quer conversar de projeto não venha na Casa se todos não podem participar." Os seis vereadores aguardavam do lado de fora da sala o fim da reunião.




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