Para liberar a rodovia, os índios exigem a implantaçao de um programa de manejo sustentanto de madeira voltado para a preservaçao ambiental. O programa, que seria implantado na reserva florestal do Cateté, foi prometido aos xicrin há mais de um ano e até agora nao foi cumprido. O projeto, pioneiro no País é uma iniciativa de organizaçoes oficiais e nao-governamentais como Funai, Ibama, Embrapa, Companhia Vale do Rio Doce e Instituto Sócio-Ambiental (ISA), de Sao Paulo.
Além de aprender técnicas sobre como fazer a derrubada seletiva de madeira, preservando outras árvores de menor porte e fazendo o replantio, os índios iriam adquirir autonomia para fazer a comercializaçao do produto. "Seria a nossa redençao econômica", afirma o cacique Bep-Karaoti, que nesta terça liderava 300 guerreiros armados de flechas e bordunas nas rodovia de Carajás.
A direçao da Vale em Carajás informou que um representante da empresa no Rio de Janeiro e um técnico do ISA desembarcam nesta quarta na Serra dos Carajás para anunciar aos índios a implantaçao definitiva do projeto.
O assessor de imprensa da Funai, Roberto Lustosa, disse que o órgao nao tem poder para resolver o problema, porque presta apenas "assessoria técnica" ao projeto.
Nesta terça, um aviao da Funai foi para a aldeia Cateté com a missao de conduzir os caciques Butiê e Karangrê até Carajás. Eles devem ajudar nas negociaçoes para desbloquear a estrada.
A reuniao será retomada nesta quarta e deverá contar com a presença do procurador da República e dos Direitos do Cidadao no Pará, Ubiratan Cazetta.
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