Se o São Paulo 100% passar pelo Grêmio, às 18h30 de hoje, no Morumbi, terá conseguido quatro vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro. A marca representaria recorde histórico no ranking do clube. Antes, o Tricolor só havia vencido seguidamente três vezes, em 1978 e 2008.

Indiferente às estatísticas do futebol, o técnico Paulo César Carpegiani espera que o contestado 4-5-1, teoricamente defensivo, consiga repetir a eficiência do 1 a 0 sobre o Atlético-MG em Minas.

O centroavante Dagoberto, a única referência ofensiva no atual modelo, não aprova nem desaprova o duvidoso sistema que lota o time de volantes e procura explorar os contragolpes. Segundo ele, tudo se resume aos resultados. O artilheiro não se ilude. O fundamental, admite, é recorrer à inteligência na hora certa para não criar muitas distâncias do meio-campo ao ataque.

O goleiro Rogério Ceni é da mesma teoria do companheiro. O capitão lembra que não cabe aos jogadores optar pela fórmula. Mas é preciso, acredita o camisa um, adaptar-se às conveniências de cada confronto, como aconteceu em Minas. A ponta da tabela não parece acomodá-lo. "A liderança é boa na última rodada", observa. Já o garoto Lucas curte a boa fase tricolor. "É só manter o equilíbrio", recomenda. Até agora o Tricolor derrotou Fluminense, Figueirense e Atlético-MG sem tomar gol.

Carpegiani decide manter equipe para garantir invencibilidade

Ao definir a escalação do São Paulo para encarar o Grêmio, à noite, em casa, Carpegiani usou a tese bem simplista de que não se mexe no time que vence. Apesar do sufoco para derrubar o Atlético-MG, em Sete Lagoas, o técnico gostou do que viu na Arena do Jacaré.

O zagueiro Miranda e o atacante Fernandinho continuam vetados pelo departamento médico. Ambos devem reaparecer diante do Ceará, no dia 19.

Ontem, Carpegiani voltou a comandar trabalhos fechados à imprensa. Os jornalistas precisaram esperar por 45 minutos no estacionamento do CT da Barra Funda. Em seguida, acompanharam o descontraído rachão.

No Grêmio, o clube divulgou ontem que o atacante Leandro, 18 anos, sofreu mal súbito no vestiário depois da vitória sobre o Bahia. Os médicos o socorreram rapidamente.